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O descanso do campeão

Em casa após os títulos na Austrália, tenista Bruno Soares se concentra em aproveitar os dias ao lado da família antes de retornar às quadras

postado em 06/02/2016 11:00

Ramon Lisboa/EM/D.A Press
Depois da batalha vitoriosa, o descanso. É assim que o guerreiro se prepara para novas lutas, uma delas, encarada como o maior desafio de sua vida e, ao mesmo tempo, a realização de seu maior sonho. Esse é Bruno Soares, dono de quatro títulos de Gand Slam no tênis – os dois últimos, um feito raro, campeão de duplas masculinas e duplas mistas num só evento, o Aberto da Austrália, no fim de semana passado. Em Belo Horizonte, ele se reúne com a família, a mulher, Bruna, e o filho, Noah, que completa um ano hoje, em pleno sábado de carnaval. Juntos, vão passar a folia de Momo em Escarpas do Lago, com amigos. Uma pausa para o recomeço, que terá como ponto alto os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto, quando tentará o ouro inédito para o Brasil, ao lado do amigo Marcelo Melo.

O ano promete ser longo, diz ele, principalmente por causa da Olimpíada. A temporada, até agosto, já está planejada. “Vou jogar o Rio Open, no fim de semana seguinte ao carnaval, depois direto para o Brasil Open, em São Paulo. Do Brasil, sigo para os EUA, para competir em Indian Wells. Depois, a Europa. Na sequência, Monte Carlo, Barcelona, Madri, Roma e Roland Garros. Aí vem a Davis, em julho, já que, como cabeça de chave, o Brasil não joga a primeira fase, agora em fevereiro. Depois, a Olimpíada.”

Para as disputas no Rio e em São Paulo, Bruno não sabe ainda se poderá contar com Marcelo Melo. Eles já usariam as competições como treinamento para os Jogos Olímpicos. “Estou conversando com o Jamie, meu parceiro, para saber se ele virá ou não ao Brasil. É pouco provável. Ao mesmo tempo, o Marcelo, que vai jogar em Roterdã a partir de segunda-feira, vai conversar com o parceiro dele, o Ivan Dodig, pois parece que ele também não virá. Aí, a gente vai conversar e acertar para jogarmos juntos.”

Ainda sobre a Olimpíada, Bruno revelou que ou ele ou Marcelo deve formar com Teliana Pereira a dupla mista. “Não sei quem será o parceiro dela, mas é certo que será um de nós dois. A decisão será do capitão do time brasileiro, o João Zwetsch. Para um jogador, jogar um ou dois torneios de duplas, na Olimpíada, é indiferente.”

As conquistas no Aberto da Austrália mexem com ele até hoje. “Eu já tinha vencido, duas vezes, o torneio de duplas mistas do US Open. Mas queria muito, era o sonho da minha vida, ser campeão de duplas masculinas. Consegui. Devo muito ao Jamie, que me escolheu como parceiro. Tenho um ótimo relacionamento com ele e com a família dele. O Andy, a mãe, Judith, e o pai, William. A gente conversa muito sobre tênis, o circuito e nossos objetivos.”

MEDO Bruno contou que passa 40 semanas longe de casa e que sente muita saudade. No entanto, tem um medo, que o acompanha sempre: “Odeio viajar de avião. Morro de medo. Estar num hotel diferente, a cada semana, não faz a menor diferença pra mim. No entanto, morro de medo a cada vez que tenho de entrar num avião. É quando ele levanta voo, lá em cima e quando pousa. Esse é meu maior problema”.

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