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RACISMO NO VÔLEI

Conterrânea de Fabiana, Sheilla se revolta contra insultos racistas sofridos pela companheira

Mineira exaltou atitude do Minas em retirar torcedor das arquibancadas

postado em 28/01/2015 12:48 / atualizado em 28/01/2015 13:45

Reprodução/Instagram

O caso de racismo sofrido pela capitã do Sesi e da Seleção Brasileira chegou aos seus companheiros de profissão. Chamada de macaca por um torcedor do Minas, na noite dessa terça-feira, na Arena JK, a meio de rede Fabiana recebeu apoio de uma conterrânea: Sheilla.

Mineira como Fabiana, Sheilla se revoltou nas redes sociais com o caso acontecido na partida entre Minas e Sesi e declarou apoio para a companheira. “Acho inadmissível ainda existir racismo. Minha amiga @fabiclaudino ontem no jogo na sua terra natal, sofreu isso com um torcedor. Fiquei muito revoltada e triste. Ainda bem que o Minas Tênis Clube retirou o indivíduo e encaminhou pra delegacia! Gente, não existe esse negócio de raça negra, branca, amarela... O que existe é raça humana! #revoltada #merdaderacismo #angry #racism (sic)”, publicou a jogadora.

Quem também se manifestou foi Lorena, oposto do Taubaté, que criticou a atitude do torcedor do Minas em suas redes sociais. “Muito triste com esta notícia. Sempre que isto acontece, o esporte morre um pouco. #FORÇAFABI #RACISMONÃO”, publicou.


Veja manifestações de outras companheiras de Fabiana

Jaqueline, do Minas - É inadmissível ver, ler ou saber, nos dias de hoje, que ainda há racismo. Que ainda existam pessoas que alimentam esse sentimento vazio, frio e inexplicável, que se mostram irracionais e intolerantes. Difícil acreditar que, na sociedade em que vivemos, alguém ainda se julgue melhor, mais capaz, mais bonito, mais interessante ou mais digno do que o semelhante porque sua cor, sua religião, sua opção sexual ou sua classe social sejam diferentes. Até quando vamos presenciar isso? Até quando vamos aturar esse tipo de comportamento? Pode ser clichê, pode parecer frase feita, mas somos todos iguais. Não é a cor da pele e nem nossas opções que determina nosso caráter,nossa conduta e nem nossa qualidade. São os atos, as atitudes. Grandeza se mostra como exemplos e ser racista é, com certeza, ser pequeno. @fabiclaudino O @minastc tomou uma atitude muito digna de colocar essa pessoa para fora e encaminhá-lo para a delegacia. Ele foi também proibido de assistir qualquer evento feito dentro do clube! Parabéns (sic)

Carol Gattaz, do Minas - Fiquei sabendo do que aconteceu ontem no jogo agora cedo por meio das redes sociais e não poderia deixar de me manifestar!! Primeiro quero deixar aqui minha solidariedade a @fabiclaudino que sofreu com preconceito!! Eu conheço a Fabi faz mais de 12 anos e tenho respeito não só pela jogadora,mas acima de tudo pelo ser humano maravilhoso que ela é!! Sou fã, amiga, além de ter um carinho muito grande pela família!! Acho lamentável que nos dias de hoje ainda aconteçam atos de racismo,preconceito de qualquer tipo, cor, opção sexual, enfim.... Pessoas que ainda tenham esses pensamentos, que repensem se atitudes como essa ainda são condizentes nos dias de hoje... E claro, que sejam punidas!! SOMOS TODOS IGUAIS!! Ninguém é melhor que ninguém!! FABI, tem aqui todo meu apoio e admiração!! (sic)

Leia o texto da Fabiana na íntegra


"Vivenciar isso é difícil e duro!Vivenciar isso na minha terra, torna tudo pior! Ontem durante o jogo contra o Minas, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção. Era macaca quer banana, macaca joga banana, entre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu especialmente, porque meus familiares estavam assistindo a partida. Ele foi prontamente retirado do ginásio pela direção do Minas Tênis Clube e encaminhado à delegacia. Agradeço a atitude do Minas, em não ser conivente com esse absurdo. Clube este, onde comecei a minha história e onde até hoje tenho pessoas queridas. Refleti muito sobre divulgar ou não, mas penso que falar sobre o racismo ajuda a colocar em discussão o mundo em que vivemos e queremos para nossos filhos. Eu não preciso ser respeitada por ser bicampeã olímpica ou por títulos que conquistei, isso é besteira! Eu exijo respeito por ser Fabiana Marcelino Claudino, cidadã, um ser humano. A realidade me mostra que não fui a primeira e nem serei a última a sofrer atos racistas, mas jamais poderia me omitir. Não cabe mais tolerarmos preconceitos em pleno século XXI. A esse senhor, lamento profundamente que ache que as chicotadas que nossos antepassados levaram há séculos, não serviriam hoje para que nunca mais um negro se subjugue à mão pesada de qualquer outra cor de pele. Basta de ódio! Chega de intolerância!"

 

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Tags: volei sheilla fabiana racismo minas