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Jogadoras de Minas e Praia torcem por ouro do Brasil em Tóquio

Macris e Carol Gattaz são as representantes do Minas no time brasileiro. Carol e Fernanda Garay são as praianas.

05/08/2021 22:38 / atualizado em 05/08/2021 23:01
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Carol Gattaz, do Brasil, faz vibrar as companheiras de Minas Tênis Clube
foto: PEDRO PARDO / AFP

Carol Gattaz, do Brasil, faz vibrar as companheiras de Minas Tênis Clube



A semifinal do torneio olímpico de vôlei feminino em Tóquio mexe diretamente com Minas e Praia Clube, campeões das três últimas edições da Superliga. Do Brasil, jogadoras dos dois clubes vibram com a chance de medalha das companheiras que integram a Seleção Brasileira na Olimpíada. Nesta sexta, às 9h (de Brasília), o time verde e amarelo enfrenta a Coreia do Sul pela semifinal.

Fernanda Garay é uma das representantes do Praia em Tóquio
foto: PEDRO PARDO / AFP

Fernanda Garay é uma das representantes do Praia em Tóquio




A líbero do Minas, Léia, estava na Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos Rio'2016, quando a equipe foi eliminada nas quartas de final pela China. Na visão dela, o Brasil tem mais chances em Tóquio.

"Estou muito feliz pelas duas (Macris e Carol Gattaz). É muito bom ver a Seleção Brasileira bem. A grande virtude do time brasileiro é ter união. Todas estão focadas, imbuídas em conquistar a medalha de ouro. É muito especial  poder ter companheiras de quadra lá, em Tóquio, buscando essa conquista", disse.

A ponteira minas-tenista Pri Dairot também está ansiosa pela semifinal e pela possibilidade de ver o Brasil conquistar mais um ouro olímpico. "É muito gratificante pra quem é amiga pessoal da Macris e da Gattaz, colegas de time, ver as duas na Seleção podendo disputar uma medalha. Com chances de uma final. Eu fico extremamente feliz. Vejo o trabalho e o esforço delas no dia a dia para chegar onde estão. Estou muito feliz. A torcida aqui é muito grande."

"Vejo a Seleção muito bem nessa Olimpíada. O time se mostra constante, com muita regularidade. As trocas estão sendo sensacionais, pois quem sai do banco e entra em quadra supre a necessidade daquele momento", destacou Pri Dairot.

Brasil, de Gattaz, encara a Coreia do Sul nesta sexta, às 9h (de Brasília)
foto: AFP

Brasil, de Gattaz, encara a Coreia do Sul nesta sexta, às 9h (de Brasília)



A ponteira do Minas conta que tem uma torcida especial por Gattaz, que, mesmo veterana, tem sido destaque da Seleção Brasileira em Tóquio. "Ela está com 40 anos, em sua primeira Olimpíada, e jogando nesse nível, que é muito alto. Está entre as três melhores bloqueadoras do torneio olímpico. Ela queria muito estar lá. Merece a medalha de ouro, assim como a Macris, que chamo de nossa "fada vegana. Estou muito confiante no ouro."

O técnico do Minas, o italiano Nicola Nigro, que comandou o Minas na conquista do último título da Superliga, também exalta Carol Gattaz. "Ela esteve perto de ser convocada para a Olimpíada de Pequim'2008 e Londres'2012. Mas não foi convocada e ficou de fora do Rio'2016. Outra jogadora teria desistido, mas ela não. Isso é fantástico".

Entre as jogadoras do Praia, a meio de rede Walewska, bronze em Sydney'2000, e ouro em Pequim'2008, vê com entusiasmo uma eventual medalha para Carol,  Fernanda Garay e o técnico Paulo Coco, auxiliar de José Roberto Guimarães na Seleção Brasileira.

foto: AFP


"Estou parecendo uma torcedora, daquelas que vai para a arquibancada. Só falta gritar. Mas estou confiante na conquista de uma medalha, que é muito merecido, por todas elas, não só pelas minhas companheiras. Quero que sintam a mesma emoção que senti quando subi no pódio, no lugar mais alto", diz Walewska.
 
Um adversário conhecido
 
No comando da Coreia do Sul, rival do Brasil, está um técnico bastante conhecido das jogadoras do Minas. O italiano Stefano Lavarini comandou o time na conquista do título da Superliga 2018/2019.

Stefano Lavarini treinou o Minas e hoje dirige a Coreia do Sul, rival do Brasil
foto: ANGELA WEISS / AFP

Stefano Lavarini treinou o Minas e hoje dirige a Coreia do Sul, rival do Brasil



"Adoro o Lavarini. Estou muito feliz com o resultado de seu trabalho. Ele é uma pessoa sensacional, amiga. Só que dessa vez estou torcendo contra ele, afinal, é o adversário do Brasil", diz a líbero Léia.

O técnico Nicola Nigro, o sucessor de Lavarini no Minas, fala do trabalho do amigo. "O que o Stefano está fazendo na Coreia é incrível. O esporte é bom por isso. A Coreia não era uma equipe acreditada e ele consegue levar a seleção que comanda à semifinal. No entanto, a vantagem é do Brasil, principalmente pela experiência e qualidade de suas jogadoras. Tecnicamente, o Brasil está na frente."

Pri Dairot também só tem elogios ao treinador. "Estou feliz pelo Stephano. Ele merece, pelo seu trabalho, estar vivendo esse momento. Ele conhece bem a Seleção Brasileira e as jogadoras brasileiras. O Brasil tem de estar esperto nesse jogo para não ser surpreendido."


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