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Ex-lateral Cicinho relembra punições por causa de Tardelli no São Paulo

Ex-jogador diz que técnico Emerson Leão colocava os treinos mais cedo por causa dos atrasos do atual atacante do Atlético

postado em 23/03/2021 15:25

(Foto: SBT/divulgação)
Comentarista do programa Arena SBT, o ex-lateral-direito Cicinho relembrou punições sofridas pelo elenco do São Paulo por causa de Diego Tardelli, hoje no Atlético. De acordo com o ex-jogador, toda vez em que o atacante se atrasava para os treinos, o técnico Emerson Leão antecipava o horário da atividade do dia seguinte.

“Quando eu jogava no São Paulo, um jogador chegava sempre atrasado, e o treinador, que era o Emerson Leão, cada vez que o jogador chegava atrasado, ele diminuía o horário. Era o Tardelli. O treino era 9h30, o Tardelli chegava atrasado, e o Leão [mudava para] 9h. Chegava atrasado, 8h30. Chegava atrasado, 8h”, disse Cicinho.

Segundo Cicinho, a situação incomodou o elenco tricolor. Então capitão da equipe, Rogério Ceni ameaçou tirar Tardelli dos treinamentos caso os atrasos continuassem.

“O Rogério Ceni falou: 'O que está acontecendo, Leão?'. Ele: 'O Tardelli está chegando atrasado'. Rogério falou assim: 'Se você chegar atrasado, vai parar de treinar'", completou.

Mágoa no Atlético


Durante o programa Arena SBT, nessa segunda-feira, Cicinho disse que pagou para jogar no Atlético. Ele defendeu o Galo entre 2001 e 2003 e saiu do clube via Justiça.

"Com o Atlético e com torcida, não (tenho mágoa). Com os dirigentes que estão lá, sem sombra de dúvida, até porque eu joguei três anos lá e, depois que voltei da Europa, tive que pagar uma multa, sendo que a dívida era do Atlético com o banco Axial. Eu não tinha essa dívida", afirmou o comentarista.

"Não torço para o Atlético. Sou muito fã dos torcedores, sou muito fã do clube, mas para mim é igual, até porque paguei para jogar neste time", completou.

No ano passado, o então vice-presidente do Galo, Lásaro Cândido da Cunha, explicou o processo que o Atlético moveu contra o ex-jogador para quitar uma dívida com o banco Axial. Em 2003, Cicinho entrou na Justiça e conseguiu liberação do Galo por falta de pagamento de FGTS. Por causa disso, a empresa ajuizou uma ação contra clube e atleta, já que perdeu os 50% dos direitos econômicos que detinha.
 
Anos depois, o Atlético começou a negociar com o banco Axial e conseguiu desconto na ação, que já chegava a R$ 18 milhões. Como Cicinho não se posicionou, o clube precisou acioná-lo na Justiça. A dívida total atingiu cerca de R$ 9 milhões. Cicinho pagou R$ 2,9 milhões ao Galo e R$ 250 mil de honorários advocatícios.

"Cicinho jogou no Atlético até 2003. Entrou na Justiça e conseguiu a liberação. Só que Cicinho e Atlético tinham contrato com a Axial. Era uma empresa de São Paulo que tinha direito a 50% dos direitos do jogador. A empresa processou Atlético e Cicinho conjuntamente e ambos foram condenados. Valor total em 2016 foi de R$ 18 milhões. Nós pegamos esta negociação no fim, e nós temos um advogado, o Raul Ribeiro, que representou o Atlético. Nós coordenamos uma tentativa de composição. Conseguimos com a Axial reduzir um valor que era mais de R$ 18 milhões para R$ 9 milhões", destacou Lásaro. 
 
"Mas o Cicinho não participou deste acordo. Ele ficou lá escondido e não quis participar inicialmente. O que o Atlético fez? O processou. Valor da dívida dele no pacote era pouco mais de R$ 10 milhões. Nós oferecemos para ele uma oportunidade: fizemos o mesmo desconto que a empresa fez ao Atlético. E ele pagou ao clube R$ 3,2 milhões (Atlético e advogado). E ele deve agradecer ao Atlético porque o Atlético facilitou a vida dele, pois negociou com ele em condições excepcionais. O advogado na época, o Raul, obviamente recebeu os seus honorários, porque ele atuou corretamente e merece isso. Portanto, pare de falar besteira, Cicinho. O Atlético tem péssima recordação de você. Você deu prejuízo ao Atlético e deveria agradecer ao Atlético", acrescentou.
 
Cicinho pagou o Atlético em três parcelas em 2018 e 2019: uma no valor de R$ 1.450.000 e três de R$ 500 mil.

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