“O que acontece no Atlético eu acho que é uma adaptação muito maior do Cuca ao que ele tem de características de atletas para jogar nessa função. Não tem nenhum jogador com essa característica mesmo, de 9. Aí, ele cria um modelo em cima disso. Eu fiz o jogo do Atlético com o Tombense, e o Hulk fica agoniado ali naquele setor. O que ele faz? Ele sempre sai e flutua, e aí cria espaço nas costas - justamente para o Savarino aproveitar, o Hyoran, que jogou esse jogo, o próprio Nathan. Então, o Cuca vai ter que criar movimentos para aproveitar essa característica do Hulk”, afirmou Pedrinho.]
Na avaliação do comentarista, o desgaste físico, que é ampliado pelo avanço da idade de um jogador, é minimizado quando se tira um jogador da beirada do campo, trazendo para o centro. Ainda assim, Pedrinho não enxerga Hulk como um jogador de ‘ficar preso’, e sim com um perfil ‘de arrastar’.
“Até o gol que ele faz. Ele está quase no meio-campo, recebe a bola, dá uma ‘arrastada’ ali e finaliza de longe. Ele não é, e nunca foi um jogador de ficar preso, apesar de ter um corpanzil ‘danado’. É um jogador de arrastar. É lógico que ele está com a idade um pouco mais avançada, e ali naquele setor os movimentos são mais curtos. Ele tem um desgaste menor do que o de jogar na beirada. Agora, o Cuca, como treinador, tem que saber aproveitar essa movimentação do Hulk e criar alternativas com essa saída dele para fazer infiltrações desses caras que jogam pelo lado”, explicou.
Hulk deve ser um dos titulares do Atlético na partida desta terça-feira (4), às 19h15, contra o Cerro Porteño-PAR, válida pela 3ª rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. O jogador ‘se encontrou’ no clube alvinegro após polêmica com o técnico Cuca e já marcou quatro gols em 11 jogos. Hulk esteve envolvido nas últimas cinco oportunidades em que o Atlético balançou as redes na temporada.
