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Turco explica Godín titular do Atlético e cita América 'sem referência'

Treinador alvinegro entende que troca no comando americano dificultou estratégia no empate por 1 a 1 nesta quarta-feira, no Mineirão, pela Copa Libertadores

14/04/2022 00:12 / atualizado em 14/04/2022 12:18
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Técnico Antonio Mohamed durante clássico entre Atlético e América
foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Técnico Antonio Mohamed durante clássico entre Atlético e América

O Atlético teve dificuldade para enfrentar a estratégia do América no empate por 1 a 1 nesta quarta-feira, no Mineirão, pela segunda rodada do Grupo D da Copa Libertadores. Para o técnico Antonio 'Turco' Mohamed, a mudança no comando americano fez com que a comissão alvinegra ficasse 'sem referência'.

Gol de Ademir, para o Atlético, no clássico contra o América



Isso, segundo o treinador argentino, criou dificuldades para a estratégia ofensiva do Galo. O time alvinegro não contou com Keno (ausência por dores no quadril esquerdo), substituído por Eduardo Vargas. A escolha pelo chileno foi apostar nas associações pelo meio e na movimentação para desorganizar o sistema de marcação americano.



"Nós não tínhamos uma referência de como iam jogar. Eles vinham jogando com marcação individual, então, nós quisemos por jogadores que se desordenassem. E não aconteceu. Trocaram o treinador e jogaram de outra maneira em relação ao que vinham jogando", analisou Mohamed.

"Então, no segundo tempo tive que modificar e colocar jogadores mais rápidos, de um contra um. Não tínhamos uma referência de como iam jogar, por isso buscamos um time com meio-campistas que joguem mais por dentro e procuramos associações para desordenar essas perseguições individuais. Mas não foi assim. Jogaram com marcação por zona, recuados, em um terço baixo do campo", seguiu.

Mesmo muito recuado, o América saiu na frente. Felipe Azevedo puxou belo contra-ataque e finalizou forte, no ângulo, no início do segundo tempo. "Com apenas uma finalização, fizeram um gol. Assim é o futebol. Nós tivemos muita posse de bola e muitas finalizações, mas não tivemos precisão", completou o treinador alvinegro. No fim, Ademir, impedido, deixou tudo igual.

Godín


Contratado como reforço de peso por ter atuado em altíssimo nível na Europa, o zagueiro uruguaio Diego Godín ainda não engrenou no Atlético. Nesta quarta-feira, foi batido por Felipe Azevedo na jogada do gol americano. A frequente perda de duelos em velocidade tem gerado críticas ao defensor de 36 anos - e o tema foi levado para a coletiva.



"É um jogador de hierarquia e já jogou contra outros jogadores rápidos. São situações que podem acontecer na partida. Não gosto de falar de uma situação específica. Ele resolveu outros tipos de situação, e não há problema. O erro é parte do jogo. Nossa intenção era jogar com jogadores que estivessem mais descansados, que não tenham tantos jogos", disse.

A zaga atleticana contra o América foi formada por Godín e Nathan Silva. No intervalo, o brasileiro foi substituído por Junior Alonso, pois já tinha levado um cartão amarelo. Por precaução, o Turco o tirou para que não corresse risco de expulsão.

"Junior (Alonso) não jogava fazia tempo e já tinha jogado dois jogos consecutivos. Tivemos que cuidar de Nathan (Silva), porque tinha levado cartão amarelo e feito outras duas faltas. É um jogo em que às vezes as coisas não saem como planejamos. Quando a equipe não ganha ou quando comete um erro, sempre a culpa é minha, do treinador. Sempre, sempre. Quando há um planejamento mal feito, assumo minha responsabilidade", completou.
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