2

Polícia indicia Rafael Ramos, do Corinthians, por suposta injúria racial

Delegado da Polícia Civil de Porto Alegre apontou ato de racismo do lateral-dreito corintiano contra o meio-campo Edenílson, do Inter

13/06/2022 19:56
compartilhe
Edenílson se revoltou com Rafael Ramos durante o jogo Inter x Corinthians
foto: Reprodução/Premiere

Edenílson se revoltou com Rafael Ramos durante o jogo Inter x Corinthians


O delegado titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre, Roberto Sahagoff, indiciou o lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians, pelo crime de injúria racial supostamente cometido contra o meio-campista Edenilson, do Internacional. O inquérito foi enviado para o Ministério Público do Rio Grande do Sul nesta segunda-feira. Agora, o MP vai decidir se dá ou não prosseguimento na Justiça. 

A defesa do jogador, liderada pelo advogado Daniel Bialski, entrou com um pedido de habeas corpus para cancelar o indiciamento. "É um requerimento ao juiz para que ele cancele esse indiciamento, que é temerário e arbitrário", disse o profissional.

Além disso, a defesa também entrará com uma representação contra o delegado para apurar "abuso de autoridade e o excesso". Vale lembrar que, na última semana, Sahagoff havia afirmado que indiciaria Ramos. Em resposta, Bialski, rebateu.

"Caso o delegado pretenda, contra a prova pericial taxativa, indiciar o Rafael, iremos tomar as devidas providências jurídicas, seja para evitar isso, seja para apurar o abuso de autoridade praticado. Não se tolerará novamente arbitrariedade", afirmou, considerando que a prisão do atleta em Porto Alegre já foi exagerada.

O caso ocorreu no último dia 14 de maio, quando Corinthians e Internacional se enfrentavam no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro. Edenilson ouviu a palavra "macaco" dita por Rafael Ramos e abriu um boletim de ocorrência contra o jogador do Corinthians.

Duas perícias contratadas pelo Corinthians indicaram que Rafael Ramos não falou a palavra "macaco", enquanto para a perícia oficial do caso, do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul, não foi possível identificar o que Rafael Ramos disse a Edenilson.



Compartilhe