Desde a primeira edição da Copa Libertadora da América, em 1960, criou-se o estigma de que o Boca Juniors é imbatível em La Bombonera, pela competição continental. O tempo passou e a história mostrou que, na verdade, o Cruzeiro é o principal clube a ser temido pelas equipes da América sob seus domínios.
O time celeste tem aproveitamento melhor que o do Boca jogando em casa na história da competição. Com a goleada sobre o Deportes Tolima, na última quarta-feira, por 6 a 1, já são 62 jogos, com 51 vitórias, seis empates e cinco derrotas, cravando 85,48% de aproveitamento. Já o clube ‘xeneize’ perdeu oito vezes em La Bombonera e tem aproveitamento de 79,95% no seu caldeirão.
Curiosamente, tanto Cruzeiro quanto Boca Juniors já triunfaram na casa do rival uma vez cada, na história da Libertadores. Os argentinos bateram os mineiros por 2 a 1, em 2008, no Mineirão, e a Raposa venceu em 1994, também por 2 a 1, em La Bombonera. (Assista ao vídeo no fim da reportagem)
Nos confrontos diretos entre si pela maior competição do continente o equilíbrio é total. São três vitórias para cada lado e um empate. Se o retrospecto do Boca contra o Cruzeiro é equilibrado, o mesmo não acontece contra outros clubes brasileiros na Libertadores.
No total, o Boca Juniors já jogou contra clubes do Brasil 33 vezes pela maior competição do continente. Foram 15 vitórias, nove empates e nove derrotas. O Atlético, arquirrival do Cruzeiro, é uma das figurinhas carimbadas na lista de vítimas do Boca. Até hoje, são dois jogos pela Libertadores e duas vitórias argentinas, ambas em 1978.
Final polêmica entre os anfitriões indigestos
Depois de um 0 a 0 no tempo normal, a partida foi para os pênaltis. O Boca perdeu o primeiro disparo, que acertou a trave de Raul. O árbitro venezuelano Vicente Llobregat mandou voltar a cobrança, alegando que o goleiro cruzeirense teria andado antes do disparo, ainda que a bola tivesse acertado a trave, sem interferência alguma de Raul.
Na cobrança repetida, o Boca marcou o primeiro gol da série de penais. O Cruzeiro também anotou seus quatro primeiros disparos e só perdeu o último, com o lateral-esquerdo Vanderley. Resultado final: 5 a 4 para o Boca, nos pênaltis.
Cruzeiro em casa, pela Libertadores:
62 jogos
51 vitórias
6 empates
5 derrotas
85,48% de aproveitamento
163 gols marcados, média de 2,63 por partida
47 gols sofridos, média de 0,76
Saldo de 116
107 jogos
74 vitórias
25 empates*
8 derrotas
79,95% de aproveitamento
217 gols marcados, média de 2,03 por jogo
71 sofridos, média de 0,66 por partida
Saldo de 146
*Em um dos empates, a Conmebol declarou o adversário (Sporting Cristal) como vencedor, devido a incidentes durante a partida, embora o duelo tenha terminado empatado em 2 a 2. No jogo seguinte do Boca em La Bombonera, contra o Universitário, a Conmebol decretou a vitória do time peruano por W.O., também em decorrência dos incidentes da partida anterior.
Retrospecto do Boca considerando as duas derrotas impostas pela Conmebol:
109 jogos (um deles sequer ocorreu, foi W.O.)
74 vitórias
24 empates
10 derrotas
75,23% de aproveitamento
Confrontos diretos entre Cruzeiro e Boca Juniors, pela Libertadores:
7 jogos
3 vitórias do Cruzeiro (uma delas em La Bombonera, em 1994)
1 empate
3 vitórias do Boca (uma delas no Mineirão, em 2008)
Retrospecto geral entre Cruzeiro e Boca Juniors:
14 jogos
6 vitórias do Cruzeiro
3 empates
5 vitórias do Boca
Confrontos diretos entre Cruzeiro e Boca no Mineirão:
7 jogos, 5 vitórias do Cruzeiro, 1 empate e 1 vitória do Boca
Confrontos diretos entre Cruzeiro e Boca em La Bombonera:
5 jogos, 3 vitórias do Boca, 1 empate e 1 vitória do Cruzeiro
Houve ainda um jogo entre as equipes em Montevidéu e outro no estádio José Amalfitani, em Buenos Aires
Relembre as duas vitórias do Cruzeiro sobre o Boca na Libertadores de 1994:
