Cruzeiro
None

Os 100 dias de Roth

Clássico será fundamental para o técnico. Apresentado em 16 de maio, ele não conseguiu ainda dar uma cara à equipe celeste e pena com o descontentamento de parte da torcida

postado em 23/08/2012 07:00 / atualizado em 23/08/2012 09:24

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Quis o destino que o técnico Celso Roth completasse 100 dias no comando do Cruzeiro às vésperas do clássico com o Atlético. Apresentado em 16 de maio, em substituição a Vágner Mancini, o gaúcho chegou com a missão de levar o time a uma campanha digna no Campeonato Brasileiro, depois de início de temporada sofrível, com eliminação pelo América nas semifinais do Mineiro e pelo Atlético-PR nas oitavas de final da Copa do Brasil. A campanha não é de toda ruim, se for levado em conta o investimento feito. Mas, para muitos, o jogo de domingo, no Independência, será decisivo para a continuidade do trabalho do treinador, que vem sendo vaiado por parte da torcida.

Ele diz não temer consequência maior qualquer que seja o resultado do jogo. “Acho que não mudará nada, porque temos noção do que o Cruzeiro pode render no campeonato. Quando assumimos, esperávamos até uma situação pior, pelas escolhas erradas feitas no início do ano. Dentro dessa realidade, estamos fazendo uma campanha bem razoável”, argumenta Roth, destacando que quem está na ponta da tabela de classificação vem trabalhando “há um, dois, três anos”. “Já nós tivemos de escolher entre o que existia no mercado. Se for para o bem do Cruzeiro (a troca de comando), que seja feito. Mas, de maneira geral, o trabalho está se iniciando e vai continuar.”

Uma das preocupações do treinador é equilibrar a equipe. A Raposa chegou a liderar o Brasileiro no início, depois de quatro vitórias seguidas entre a terceira e a sexta rodadas, sendo duas, sobre Botafogo e Vasco, fora. Porém, tropeços em casa, como os 2 a 1 para a Ponte Preta, e fora, como a goleada para o Coritiba por 4 a 0, domingo, impediram o time de almejar até mesmo uma vaga entre os quatro primeiros colocados.

Uma pergunta cabível é se os maus resultados fizeram Celso Roth mudar a cada jogo ou se as constantes mudanças provocaram a irregularidade. O certo é que até o momento apenas o goleiro Fábio e o armador Montillo sempre foram titulares absolutos. O volante Leandro Guerreiro também garantiu o status depois de se recuperar de contusão, enquanto o lateral-direito Ceará e o atacante Borges foram contratados em julho e têm lugar cativo no time. Nos demais postos, muitas alterações ocorreram , seja por contusões, suspensões ou decisão de Roth.

De qualquer forma, o treinador espera que os atletas superem as dificuldades, domingo. “O momento do Atlético é melhor, a pontuação mostra isso. Não está melhor que Cruzeiro, está melhor que os outros 19 times do campeonato. Mas o jogo é jogado. Então, vamos nos preparar, fazer um grande jogo e tentar conquistar o resultado positivo.”

Preocupação Ontem, houve treino físico pela manhã e técnico à tarde. No período vespertino, Roth procurou aprimorar passes, cruzamentos e finalizações. Os zagueiros trabalharam com o auxiliar-técnico Beto Ferreira. O uruguaio Victorino desfalcará o time em setembro, contra o Botafogo (dia 5), Sport ( 9) e provavelmente Figueirense (dia 12). Ele foi convocado para defender a Seleção de seu país em 7 e 11 contra Colômbia e Equador, respectivamente.

A CAMINHADA DE ROTH


Apresentação: 16/5, substituindo Vágner Mancini
Estreia: 20/5, no empate sem gols com o Atlético-GO, em Uberlândia

Pontos altos
Vitória por 3 a 2, de virada, sobre o Botafogo, em 7/6, no Engenhão, pela terceira rodada do Brasileiro
Vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, em 26/6, em São Januário, pela sexta rodada do Brasileiro

Pontos baixos

Derrota por 2 a 1 para a Ponte Preta, em 5/8, no Independência, pela 14ª rodada do Brasileiro
Goleada por 4 a 0 para o Coritiba, domingo, no Couto Pereira, pela 18ª rodada do Brasileiro