Depois de negar por diversas vezes que estava próximo de vender Montillo, o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, se explicou nesta quinta-feira, após a oficialização do negócio. Em contato com o Superesportes, o mandatário se esquivou da responsabilidade pela contradição de suas últimas entrevistas e jogou a responsabilidade da venda para o próprio jogador.
”Nós fomos praticamente forçados pelo jogador e pelo empresário dele a vendê-lo. Ele estava contrariado, não queria ficar, eu obtive informação que o Montillo tinha feito exame médico no Santos e já tinha matriculado os filhos deles em uma escola de Santos. Ele falou comigo e com o Alexandre Mattos de forma até enérgica querendo a transferência. Ele fez o pedido por ligação telefônica e deixou inclusive gravado o pedido dele no meu telefone”, disparou Gilvan.
”Ele queria ser vendido ou então que a gente renegociasse um salário ainda mais alto com ele. Isso nós não íamos fazer porque acabamos de negociar o salário, ele nem chegou a receber a segunda parcela do aumento que tínhamos dado a ele”, completou.
Outra contradição foi a forma com que Montillo foi vendido. A diretoria celeste já havia manifestado que gostaria de receber por 100% do jogador, para dividir o montante entre os dois investidores que detinham 40% do atleta – 20% cada. Segundo Gilvan, o Santos negociou separadamente com o Cruzeiro e com os demais detentores de Montillo. O presidente se recusou a revelar os valores da negociação.
”O Santos negociou diretamente com os investidores a parte deles e negociou com o Cruzeiro a parte do Cruzeiro. Eu pedi primeiro aos investidores para confirmarem se o negócio tinha acontecido realmente. Os investidores autorizaram o Cruzeiro a fazer a negociação direta pelos 60% que o Cruzeiro tinha, já que tinham acertado com o Santos a parte deles”, explicou.
”Em valores eu não falo, tenho que respeitar o contrato, se o Santos quiser falar, pode falar. Eles pediram sigilo, porque estão negociando outros jogadores e não querem que vazem os valores que pagaram pelo Montillo. Estou impedido, por contrato, de falar. Nós não estamos falando disso e quem está falando de valores está falando errado”, ratificou.
