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Demitido pelo Cruzeiro, Marcelo Oliveira se emociona no adeus e lembra glórias alcançadas

Técnico bicampeão brasileiro foi desligado do clube após reunião com Gilvan

postado em 02/06/2015 17:26 / atualizado em 02/06/2015 20:08

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

A terça-feira marcou o fim de um ciclo no Cruzeiro. O clube celeste anunciou a demissão do técnico Marcelo Oliveira, bicampeão brasileiro e com um título estadual pela Raposa. O adeus foi confirmado depois de reunião com o presidente Gilvan de Pinho Tavares. O mandatário entendeu que era hora de mudar o comando técnico do time, que amarga a penúltima posição do Brasileiro sem nenhuma vitória em quatro jogos. Marcelo passou dois anos e cinco meses no cargo e chegou a se emocionar durante a entrevista de despedida. O Cruzeiro anunciou Vanderlei Luxemburgo como substituto.

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“Diferentemente de outras oportunidades que aqui estivemos em dois anos e cinco meses, hoje vim para me despedir e para agradecer a todos vocês pela convivência saudável e profissional. Sempre procurei ajudá-los no trabalho e responder a todas as questões sobre o trabalho. Essa recíproca foi verdadeira e respeitosa. Queria agradecer ao Cruzeiro pela oportunidade de trabalho. Trabalho de dois anos e cinco meses não é pouca coisa. Foi oportunidade de aumentar essa média com tempo maior. Esperava cumprir meu contrato. Tive pelo menos três oportunidades, melhores financeiramente, mas não deixei o clube. Compreendo como decisão profissional da diretoria. É assim que funciona. Os resultados não vêm. Tenho consciência de que tentei sempre fazer o melhor, me dediquei muito. Não tenho como caráter e principio sair atirando dos clubes, por mais que tenha opinião formada sobre algumas situações. Desmanchamos o time e ninguém tem culpa sobre isso”, disse Marcelo, antes de avaliar o que foi produzido nesses dois anos no clube, e não conter as lágrimas ao falar da homenagem prestada pelo torcida à sua mãe, falecida na semana passada.

“Foi experiência saudável. Conversei com jogadores. Acho que agregamos algo importante. Quando chegamos, Cruzeiro vinha de duas temporadas ruins. Jogadores se valorizaram. Como Mayke, Lucas Silva. Outros também cresceram aqui. Convivemos com coisas boas aqui. Tivemos muito mais alegrias do que chateações. Tive dois atritos com atletas, que são normais. É muito pouco. Estou saindo absolutamente tranquilo, consciente de que fiz o melhor. Agradeço muito ao torcedor do Cruzeiro. Em qualquer lugar que vá, tenho palavra de apoio. A homenagem em relação à minha mãe foi algo estupendo. Espero que seja até logo. Vamos torcer para vir profissional com novo discurso. Vamos buscar seguir trabalhando da mesma forma, com mesma seriedade e lealdade. Muito obrigado a todos pela paciência e carinho”.

O desmanche do elenco que levantou o caneco nacional por duas vezes seguidas e a falta de reposição pesaram na queda do trabalho de Marcelo. O início do Cruzeiro no Brasileiro de 2015 é o pior do clube na era dos pontos corridos. Mas o peso das eliminações em jogos de mata-mata, como na Copa do Brasil (2013 - Flamengo) e nas duas últimas Libertadores (San Lorenzo e River Plate) fizeram com que uma ala da torcida criticasse o técnico nesse tipo de competição. O aproveitamento ruim em clássicos contra o Atlético também foi motivo de incômodo para a gestão de Marcelo Oliveira na Toca da Raposa.

Pressionado por resultados ruins na Copa Libertadores'2015 (eliminação para o River Plate) e no Campeonato Brasileiro'2015, Marcelo Oliveira se despede com o posto de quarto técnico mais longevo da história do clube celeste. Ele se igualou a Adilson Batista, um dos nomes defendidos para suceder o treinador. Outro ala da diretoria defende Vanderlei Luxemburgo. Em 168 jogos sob o comando de Marcelo, o Cruzeiro acumula 105 vitórias, 32 empates e 31 derrotas. O aproveitamento é de 68,85% dos pontos.

O gerente de futebol Valdir Barbosa explicou a decisão tomada por Gilvan, e disse que a demissão não ocorreu depois da partida contra o River Plate porque o Cruzeiro acreditou que Marcelo merecia mais oportunidades para mostrar força de reação com o grupo.

“É somatória de coisas. Vai se somando, uma série de fatores para chegar a uma decisão como essa. Se entendêssemos que a derrota para o River seria a gota d’água, teríamos feito logo após o jogo. Mas entendemos que deveríamos tentar mais com o Marcelo”, justificou.

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