
“Fui aprendendo que, em quanto mais posições você pode jogar, mais possibilidades tem de estar entre os 11 titulares, mais possibilidades oferece para o que necessita o técnico em campo”, admite o armador, lateral e volante Sánchez Miño. “Sempre joguei em várias posições. Como sempre disse, em cada lugar do campo, tenho meus defeitos e minhas virtudes. No meio, tenho mais contato com a bola. Na lateral, posso oferecer mais surpresas.”
Outro versátil no grupo é Henrique, que passou a atuar mais recuado desde a partida contra a Ponte Preta, em Campinas, pelo Brasileiro de 2015, quando Deivid dirigiu o time interinamente, depois da demissão de Vanderlei Luxemburgo e antes da estreia de Mano Menezes. “Já joguei de primeiro e segundo volante. Não tive muitas dificuldades de desenvolver isso. A gente vai ajustando, corrigindo e se posicionando da forma que o Deivid pede”, afirma.
Na frente, o técnico também conta com várias opções. O atacante Rafael Silva, por exemplo. “Eu me sinto mais à vontade pelas beiradas do campo. Gosto de receber a bola de frente para partir no mano a mano. Mas também já joguei de falso nove no Ituano e no começo no Vasco. Falei com o professor como prefiro jogar, mas, para ajudar a equipe, jogo ali também”, garante.
Rafael Silva conta por que não gosta de atuar fixo: “Pelo meu biotipo. A maior dificuldade é receber a bola de costas. Os zagueiros geralmente são fortes, e fica complicado dividir a bola. Mas tenho de trabalhar isso, porque cada jogador tem seu ponto fraco”.
Marcos Vinícius também pode ser aproveitado em mais de uma função, apesar da preferência: “Estou mais adaptado por dentro, uma função que venho fazendo há muito tempo. Mas pela beirada ou como volante também não sinto dificuldade. Depende dos treinos. E o Deivid vai saber o melhor. Vou estar à disposição de qualquer forma”.
Além deles, o lateral-esquerdo Fabrício já foi escalado no meio-campo, De Arrascaeta, Alisson e Gabriel Xavier já atuaram de armador e de atacante e o lateral Fabiano foi aproveitado na zaga.
RETORNO
Em breve, o treinador terá mais uma opção na zaga. Leo, que não joga desde que contundiu o joelho direito, na derrota por 3 a 0 para o Joinville, em 13 de agosto, pelo Brasileiro, já voltou às atividades físicas com os companheiros em campo. “São cinco meses desde que operei e não jogo uma partida oficial. A vontade é grande”, afirma o zagueiro, que passou por artroscopia em 5 de setembro.
O retorno, no entanto, ainda não está marcado: “Não tem uma data específica. Estou me aprimorando fisicamente. Claro que leva um tempo, um período para me fortalecer. Acredito que logo, logo, não demora, estarei pronto para voltar, até porque já estou aprimorando a parte física”.