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Pressionado no comando do Cruzeiro, Deivid fecha treino por mais de uma hora na Toca II

Imprensa só teve acesso ao centro de treinamento 1h10min depois do previsto

postado em 03/03/2016 12:31 / atualizado em 03/03/2016 16:07

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Em dias “normais”, a imprensa tem acesso à Toca da Raposa II cerca de meia hora após o início dos treinos. Nesta quinta-feira, porém, a situação foi diferente. Os jornalistas que cobrem o dia a dia do Cruzeiro entraram no CT às 11h40, 1h10min depois do previsto. Isso porque o técnico Deivid, pressionado para conquistar um bom resultado na partida de domingo, às 18h30, contra a Caldense, no Estádio Ronaldo Junqueira, resolveu comandar atividade de portões fechados. O comandante sabe que necessita da vitória convincente para ganhar sobrevida no cargo.

Apesar de ainda estar invicto no Campeonato Mineiro – soma 11 pontos e é o vice-líder, com três vitórias e dois empates –, o Cruzeiro vem enfrentando dificuldades contra times de menor expressão. Os três triunfos da equipe no Estadual foram por apenas um gol de diferença: 2 a 1 diante do Tombense e 1 a 0 sobre Tupi e Tricordiano. A baixa produtividade do ataque, que amarga a pior média de gols desde 1997, é outro problema. Dos 11 gols marcados em oito jogos, quatro saíram dos pés de Rafael Silva, hoje na reserva. Willian, considerado o principal jogador do ataque, ainda não balançou a rede em 2016.

Com o mistério sobre a atividade comandada por Deivid, a assessoria de comunicação do Cruzeiro informou que o lateral-direito Fabiano e o zagueiro Bruno Rodrigo foram poupados da atividade. O primeiro por causa de dores lombares, e o segundo em função de desgaste muscular. Já Manoel, recuperado de edema na coxa esquerda, deu sequência ao processo de recondicionamento físico.

Quando a imprensa foi autorizada a entrar na Toca II, alguns jogadores aprimoravam as finalizações, casos de Alisson, Allano, Douglas Coutinho e Bruno Nazário. Do outro lado, atletas do setor defensivo faziam trabalhos específicos para a posição.

Em entrevista coletiva, o volante Henrique considerou normal a decisão de Deivid de fechar a atividade pela primeira vez como técnico do clube. "Claro que para vocês (da imprensa) é ruim não ter esse registro, mas para nós é importante registrar algo diferente. Vocês passam informação para os torcedores, para todos, até para que os adversários acompanhem. Claro que não é sempre que acontece isso, mas às vezes é necessário para que a gente trabalhe algo inovador, melhorar algo que está faltando. Às vezes é necessário".

O goleiro Fábio compartilhou a opinião do camisa 8. “Acho que é opção do treinador e da comissão técnica. É algo particular e ímpar. Com certeza a equipe aceita da melhor forma possível. Ele achou necessário fazer isso nesta quinta-feira. Acho que foi um treino proveitoso, produtivo, que tende a acrescentar bastante para o jogo”.

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