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Cruzeiro vê ação "descabida" em cobrança da Minas Arena, mas descarta deixar o Mineirão

Concessionária cobra R$ 9 milhões do clube celeste por despesas em jogos no estádio

postado em 18/03/2016 14:25 / atualizado em 18/03/2016 14:38

Renato Cobucci/Imprensa-MG
Diretor jurídico do Cruzeiro, Fabiano de Oliveira Costa, informou que o clube ainda não foi notificado sobre a ação de cobrança de R$ 9 milhões da Minas Arena, mas já a avaliou como “descabida”. Com conhecimento dos argumentos da concessionária através de nota divulgada para a imprensa, o dirigente alegou que o Cruzeiro pretende recorrer até as últimas instâncias.

“O Cruzeiro não foi comunicado, teve conhecimento da nota à imprensa. Mas, o Cruzeiro está tranquilo. Temos contrato com cláusulas claras, e o clube vai fazer sua defesa nas garantias do seu direito. Entendemos que é completamente descabida essa cobrança da Minas Arena”, disse o diretor jurídico do clube, em entrevista ao Superesportes.

Embora discorde da ação movida pela Minas Arena, o Cruzeiro descarta deixar o Mineirão. “A gente não tem conhecimento do conteúdo, mas presumimos o que seja, já pelo teor da nota e pelas conversas que o clube teve com a administradora. Se precisarmos, vamos recorrer ao STF, em Brasília. Não vamos mudar de estádio por isso. A relação entre Cruzeiro e Mineirão é muito maior que a Minas Arena, que chegou ontem. O Mineirão é a casa do Cruzeiro. A identificação é muito grande da torcida com o estádio. Vamos aguardar ser notificados judicialmente para analisar e formalizar a defesa”, acrescentou Fabiano de Oliveira Costa.

Nessa quinta-feira, em nota, a Minas Arena informou que cobra na Justiça dívidas do Cruzeiro relativa a cláusulas contratuais não respeitadas. De acordo com a concessionária, “foram enviados 35 ofícios de cobrança ao clube ao longo dos dois últimos anos”. A diretoria celeste deixou de efetuar o pagamento das taxas depois da partida final da Copa Libertadores de 2013, entre Atlético e Olimpia. Na ocasião, o Galo fez um acordo mais vantajoso e conseguiu benefícios que o clube celeste não desfrutava.

Na ação contra o Cruzeiro, a Minas Arena alega que o clube celeste não pode requerer as mesmas condições do Atlético, uma vez que o acordo com o alvinegro não é por um contrato de fidelização, como foi feito com o Cruzeiro. A concessionária destacou ainda que “foi obrigada pelo Estado de Minas Gerais a ceder o Estádio ao Atlético Mineiro, não tendo sido firmado qualquer instrumento jurídico entre a Minas Arena e o Atlético”. Pelo contrato de PPP (Parceria Público-Privada), a concessionária tem de ceder o “Complexo Mineirão” ao Governo Estadual em até 66 eventos de futebol por ano.

Pelo contrato de fidelização entre Cruzeiro e Minas Arena, as despesas necessárias às partidas oficiais devem ser divididas. No acordo, o clube deve arcar com 70%, enquanto a concessionária são custeados pela concessionária. Desde 28 de julho de 2013, o Cruzeiro deixou de quitar todos esse valores.

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