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Visita de Tinga à Toca: ex-cruzeirense comenta momento do time e tece elogios a Bento e Sóbis

Além de analisar má fase da equipe celeste em 2016, ex-volante falou sobre atual técnico e principal alvo do clube no mercado, de quem foi companheiro como jogador

postado em 08/06/2016 17:00 / atualizado em 08/06/2016 15:33

Euler Junior/EM D.A Press
A Toca da Raposa II recebeu um velho conhecido nesta quarta-feira: o ex-volante Tinga. De passagem por Belo Horizonte para reencontrar amigos, o ex-camisa 7 do Cruzeiro entre 2012 e 2014 avaliou o momento ruim pelo qual passa a equipe, antepenúltima colocada do Campeonato Brasileiro, com apenas cinco pontos. Na opinião de Tinga, a qualidade do elenco não condiz com a posição na tabela de classificação e, desta forma, a recuperação ocorrerá o mais breve possível.

“Se você olhar para o time do Cruzeiro, vê que não merece estar nessa posição”, frisou. Bastante atencioso com todos os jornalistas numa espécie de entrevista coletiva na beirada de um dos campos da Toca II, Tinga disse que vencer o Atlético no clássico de domingo, às 16h, no Independência, será fundamental para a reação do Cruzeiro no Brasileiro. “Só por estar presente na Toca e ter passado a semana ao lado dos antigos companheiros me deu a sensação de que precisamos vencer esse clássico e que ele será a arrancada do clube na competição nacional”.

Integrante dos elencos que ganharam os Brasileiros de 2013 e 2014, Tinga também avaliou de maneira positiva dois outros temas relevantes no Cruzeiro: o trabalho do técnico Paulo Bento e o interesse do clube na contratação do atacante Rafael Sóbis, atualmente no Tigres, do México.

AP Photo/Armando Franca
“Como jogador ele já era um cara que organizava tudo. Há alguns atletas que, no jeito de jogar, você já vê essas coisas”, disse o ex-jogador, ao ser perguntado sobre Bento. “Se o Cruzeiro tiver essa oportunidade, estará contratando um homem. Futebol não é só jogar bola. É preciso caráter”, acrescentou, a respeito de Sóbis.

Tinga e Paulo Bento jogaram juntos no Sporting de Portugal, em 2004. Naquele ano, o atual treinador cruzeirense encerrou sua carreira de atleta. Já com Rafael Sóbis, de quem foi padrinho de casamento, a convivência foi maior no Internacional: de 2005 a 2006 e entre 2010 e 2012.

Leia os principais temas abordados com o ex-volante Tinga:

Momento do Cruzeiro

“Eu sempre fui um cara muito otimista. A história do Cruzeiro é de sempre estar na parte de cima da tabela. Creio que é um momento. Se você olhar para o time do Cruzeiro, vê que não merece estar nessa posição. Acredito que deve ter integração da torcida, que ela compreenda esse momento de transição. E que os jogadores acelerem esse processo. Se eu estivesse no Cruzeiro, pediria o apoio da torcida que apoiou e cantou muito com as conquistas de 2013 e 2014. É preciso dar confiança aos jogadores e a essa molecada que está subindo aqui”.

Paulo Bento

"Acredito que quando você contrata um técnico português é porque você queira que ele traga o trabalho feito na Europa. Eu joguei com o Paulo Bento e digo que ele é um cara que que sempre mostrou que seria treinador de futebol. Acho que ele tem muito a acrescentar ao Cruzeiro. Cabe ao Cruzeiro e sua torcida entender que para implantar um trabalho em um clube não se leva um, dois ou três meses. Isso demora um pouco, e nosso futebol normalmente não dá esse tempo. Cabe ao Cruzeiro mudar isso, até porque ele vem de uma escola do Sporting de Portugal, onde muitos treinadores são formados".

“Desde jogador ele já era um cara que organizava tudo. Há alguns atletas que, no jeito de jogar, você já vê essas coisas. Ele era primeiro volante, enxergava o jogo. Já dava para ver que teria condições de ser um bom treinador”.

Daniel Boucinha/Internacional/Divulgação
Rafael Sóbis

“Sou padrinho de casamento dele, mas não falei sobre isso. Como jogador, é um vencedor. Por onde passou foi campeão. Fomos bicampeões da Libertadores juntos. Ele ganhou título no Fluminense, no México. Não é por acaso. Se o Cruzeiro tiver essa oportunidade, estará contratando um homem. Futebol não é só jogar bola. É preciso caráter. Isso faz diferença. Até por isso, o Cruzeiro foi campeão brasileiro em 2013 e 2014, porque tinha muitos jogadores com o perfil do Rafael Sóbis.

Clássico

“As pessoas que estão envolvidas precisam entender o tamanho da grandeza do clássico. O jogador brasileiro sabe o que isso representa. Aqui no Brasil, para mim, clássicos são Grêmio x Internacional e Atlético x Cruzeiro”.

"Só o fato de estar aqui nessa semana já foi possível sentir o clima do clássico na cidade e entre os jogadores. Só por estar presente na Toca e ter passado a semana ao lado dos antigos companheiros me deu a sensação de que precisamos vencer esse clássico e que ele será a arrancada do clube na competição nacional”.


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