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20 ANOS DA COPA DO BRASIL'1996

Para ex-lateral Nonato, Copa do Brasil de 1996 foi sua maior glória como capitão do Cruzeiro

Camisa 6 recebeu a taça da Copa do Brasil após time celeste bater o Palmeiras

postado em 18/06/2016 08:00 / atualizado em 17/12/2020 02:46

(Foto: EM)

Sete anos, mais de 300 jogos, 22 gols marcados e muitos títulos. O ex-lateral-esquerdo Nonato tem histórias de sobra para contar no Cruzeiro. Ao falar sobre o momento mais marcante, o antigo camisa 6 não tem a menor dúvida ao colocar a conquista da Copa do Brasil de 1996 como a melhor das sensações defendendo o clube celeste. Motivos não faltam ao potiguar nascido em Mossoró, que vive em Belo Horizonte desde o fim da carreira profissional, em 2002. Entre as principais explicações estão a condição de capitão da equipe naquela ocasião e a superação diante do poderoso Palmeiras de Rivaldo, Djalminha, Luizão, Muller, Cafu e cia.

“Levantar o troféu da Copa do Brasil foi, sem dúvidas, um grande momento da minha carreira. Talvez o maior como capitão. O Palmeiras tinha um ótimo time, que era considerado o melhor do Brasil. Diria que 90% daquela equipe tinha jogado ou ao menos era cotada na Seleção. E depois daquele título, o Cruzeiro passou a ser visto de maneira diferente. Ficamos em primeiro lugar no Campeonato Brasileiro (na fase classificatória), fomos vice-campeões da Supercopa. Foi um ano muito bom”, explicou o ex-jogador, em entrevista ao Superesportes.

Hoje aos 49 anos, Nonato lembra de cada detalhe daquele 19 de junho de 1996. A começar pela preleção no vestiário do Palestra Itália, onde tomou a palavra após ouvir o técnico Levir Culpi e o presidente Zezé Perrella.



“Foi um título que ficou marcado na história do Cruzeiro pela boa equipe que o Palmeiras tinha. Sabíamos que era um jogo difícil, mas ao mesmo tempo confiávamos em nossas capacidades. Nossa confiança estava tranquila. Primeiro, o Levir conversou com a gente e falou para jogarmos de maneira tranquila. O Zezé Perrella também falou. Por fim, perguntei para todos os jogadores: ‘Dida, você é pior que o Velloso? Vitor, você é pior que o Cafu?’. E assim foi. Mesmo com o gol tomado, logo aos cinco minutos de jogo, mantivemos a calma. Empatamos ainda no primeiro tempo, com Roberto Gaúcho. No segundo, levamos um bombardeio, em que o Dida fez grandes defesas, o Fabinho tirou outra também. No fim, o Marcelo se aproveitou da bola soltada pelo Velloso e e fez o gol”.

Apesar de grande parte da imprensa nacional já dar como encaminhada a conquista do Palmeiras após empate por 1 a 1 no Mineirão, Nonato disse que a confiança do Cruzeiro jamais foi abalada, até pelas presenças de atletas experientes e acostumados a disputar grandes decisões.

“O Cruzeiro tinha um grupo muito experiente. Tinha o Dida, no grupo há mais de dois anos; o Vitor, campeão mundial pelo São Paulo; eu mesmo já havia ganhado a Copa do Brasil pelo Cruzeiro, o Célio Lúcio também. Gelson, Palhiha, Cleisson, Marcelo... o time era experiente e não temeu, em momento algum, a maioria palmeirense no estádio”.

Logo aos 5min, Luizão abriu o placar para o Palmeiras. O Cruzeiro igualou ainda no primeiro tempo, com Roberto Gaúcho. No fim do segundo tempo, aos 38min, Marcelo Ramos se aproveitou de falha do goleiro Velloso e fez 2 a 1, resultado que garantiu o bicampeonato da competição à equipe celeste. Nonato destacou a participação decisiva da dupla de ataque.

“O Roberto Gaúcho sempre foi um jogador extrovertido que gostava de jogar partidas difíceis. Tanto que fez o gol e foi de frente para o banco de reservas do Luxemburgo. Bateu no peito. O Marcelo, um cara mais tranquilo, também fazia muitos gols e nos ajudou em muitas competições".

Lances de Cruzeiro 1x1 Palmeiras



Lances de Palmeiras 1x2 Cruzeiro




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