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20 ANOS DA COPA DO BRASIL'1996

Craque do time de 1996, Palhinha se emociona ao falar do Cruzeiro: 'É um amor incondicional'

Ex-jogador foi o camisa 10 do equipe celeste na conquista da Copa do Brasil de 1996

postado em 19/06/2016 08:02 / atualizado em 17/12/2020 02:43

(Foto: Paulo Filgueiras/EM)

Camisa 10 da conquista do Cruzeiro na Copa do Brasil de 1996, Palhinha tem boas memórias do título histórico da equipe celeste, que completa 20 anos neste domingo, 19 de junho. Apesar de lembrar todos os momentos vividos naquele ano, o ex-meia cruzeirense prefere não comentar muito, pois a emoção, segundo ele, é muito grande.

Vivendo hoje em Boston, nos Estados Unidos, Palhinha ficou emocionado ao telefone durante entrevista ao Superesportes. “Eu não gosto de falar muito disso não, porque eu me emociono. É um privilegio para poucos, foi demais. São coisas que não tem preço”.

Na grande decisão da competição nacional, o camisa 10 teve uma chance de ouro e quase marcou um golaço por cobertura. O gol marcaria a virada do Cruzeiro na partida (placar era 1 a 1). Porém, o goleiro palmeirense, Velloso, desviou com a ponta dos dedos por cima da meta. “O Velloso foi pegar logo aquela bola? Ele sempre jogava adiantado. Quando eu girei, vi que ele estava adiantando. Eu treinava muito esse tipo de jogada. Deu um desespero, você fica doido na hora (risos)”, comentou.

Por sorte, minutos depois, Velloso falhou e permitiu a Marcelo Ramos fazer o gol do título.

Campeão mineiro em 1996 e 1997, da Copa do Brasil de 1996 e da Copa Libertadores de 97 pelo Cruzeiro, sempre na condição de craque do time, Palhinha não esconde seu amor pelo clube azul. “O Cruzeiro é um amor incondicional pra mim. É um time que está mais que no coração, agradeço todos os dias por ter vestido essa camisa”, completou.

Confira a entrevista de Palhinha ao Superesportes:

A conquista

Todo mundo acreditava que eles (Palmeiras) iam ganhar fácil da gente. Até nos falaram que a Revista Placar já tinha feito uma edição especial do Palmeiras campeão. Não sei se é verdade, mas isso chegou ao nosso ouvido. Gastaram dinheiro à toa, né? (risos). Foi muito bom ganhar como nós ganhamos, do jeito que foi. O Palmeiras tinha um time só de estrelas, grandes jogadores. O Cruzeiro também tinha, mas não tinha tanta mídia igual o Palmeiras. Dentro de campo, o time que erra menos, vence. A festa do Palmeiras já estava preparada, eles poderia ter convidado a gente, né? (risos)

Quase gol por cobertura


O Velloso foi pegar logo aquela bola? O Velloso sempre jogava adiantado. Quando eu girei, vi que ele estava adiantando. Treinava muito esse tipo de jogada. Deu um desespero, você fica doido na hora (risos)

Atuação memorável de Dida

O Dida foi espetacular, tanto na Copa do Brasil quanto na Libertadores (de 1997). Contra o Palmeiras ele pegou tudo o que podia e não podia.

Levir Culpi

Sou fã do Levir, respeito muito ele. Ele sempre foi muito direto, sincero e correto. Ele é franco com o jogador. Até nisso o Zeze Perrella foi espetacular.

União

Lá em casa tinha sinuca pra gente brincar. A gente vivia muito tempo junto e queria estar junto, foi fundamental essa união que tínhamos.

Chegada a Belo Horizonte


Eu não gosto de falar muito disso não, porque eu me emociono. Parar Belo Horizonte do jeito que paramos… Isso está marcado, é muita emoção relembrar isso. É um privilegio para poucos, foi demais. São coisas que não tem preço.

 

Amor ao Cruzeiro

O Cruzeiro é um amor incondicional pra mim. O Cruzeiro é um time que está mais que no coração, agradeço todos os dias por ter vestido essa camisa. Eu saí do São Paulo onde muita gente dizia que eu só jogava bem porque era um grande time, que eu não tinha muito mais a oferecer. Aí em 1996, no Cruzeiro, fomos campeões mineiros, da Copa do Brasil e começamos a provar que o Cruzeiro é grande, que as pessoas tinham que ver diferente.

 

 

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