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Reforço do Cruzeiro, Denílson foi de líder da Seleção a 'filho de Wenger' e azarado no Arsenal

Volante era capitão da Seleção Brasileira nas categorias de base; precoce, foi vendido ao clube inglês, ficou amigo do treinador Wenger, mas deixou Londres sem títulos

postado em 20/07/2016 14:00 / atualizado em 21/07/2016 09:48

AFP
Recém-contratado pelo Cruzeiro, o volante Denílson, de 28 anos, tem passagens marcantes pela Seleção Brasileira de base e grande experiência no futebol europeu. Com a camisa amarelinha, foi capitão da conquista do Sul-Americano Sub-17 em 2005, na Venezuela. O ex-jogador celeste Kerlon, atualmente sem clube, era o grande destaque. Precoce, o volante, aos 18 anos, foi vendido ao Arsenal. Na Inglaterra, fez forte amizade com o técnico Arsene Wenger. Seu período no clube londrino foi de oportunidades e crescimento, mas não conquistou nenhum título. Acabou rotulado de azarado por parte da torcida.

Com grande potencial, Denílson surgiu no São Paulo e logo encantou treinadores e olheiros. Ele foi capitão das Seleções de base desde o Sub-15. Coroou sua passagem entre os garotos com o título Sul-Americano Sub-17, na Venezuela. O Brasil venceu o quadrangular final, com Uruguai, Equador e Colômbia.

Depois de poucas atuações no profissional do São Paulo - participou do elenco campeão mundial em 2005 -, foi vendido ao Arsenal por 3,5 milhões de libras. Chegou ainda muito jovem, perfil preferido das contratações do time de Arsene Wenger: atletas com potencial de crescimento, com retorno técnico e financeiro.

Denílson ficou no Arsenal por cinco temporadas. Chegou a ser titular e ganhou muitos minutos em campo, sobretudo nas temporadas 2008/2009 e 2009/2010. Taticamente, formou a primeira linha de marcação com Song, protegendo os meias Fabregas, Nasri e Arshavin.

REUTERS/Paulo Whitaker
Por causa do bom relacionamento com Arsene Wenger, ganhou um ‘novo pai’. “É uma pessoa maravilhosa, um pai para todos os jogadores. Quando o jogador está passando por um momento ruim no trabalho, ele chega, chama para conversar individualmente, pergunta o que está acontecendo e às vezes até aprofunda um pouco mais a conversa. O jogador acaba se sentindo bem pela preocupação do treinador. E ele conta com todos, lá não tem titular nem reserva. Claro que tem umas preferências, mas são 28, 30 jogadores que terão oportunidade, fazendo rodízio. O trabalho que ele faz é diferenciado. E me ajuou bastante. Não foi à toa que consegui ficar lá cinco anos mesmo sozinho. Para mim, é um pai”, afirmou Denílson, em entrevista em 2012.

Sua passagem pelo Arsenal, contudo, ficou marcada pela ausência de títulos. O clube londrino não venceu nenhum campeonato oficial – levou duas Emirates Cup, torneio amistoso promovido pelo próprio Arsenal durante a pré-temporada. Foram duas finais de Copa da Inglaterra, mas duas derrrotas: para o Chelsea, em 2007, e para o Birmingham, em 2011. Parte da torcida o rotulou de azarado. Com o surgimento de Jack Wilshere e por causa de algumas lesões, Denílson perdeu espaço no Arsenal.

Quando voltou ao futebol brasileiro, tratou de espantar a seca. Foi titular do São Paulo campeão da Copa Sul-Americana de 2012. O técnico Ney Franco, na ocasião, fez muitos elogios a Denílson: “É jogador raro no Brasil, com capacidade para desarmar e sair com qualidade”, afirmou Ney Franco, em 2013.

Depois do São Paulo, foi vendido ao Al Wahda. Na última temporada (2015/2016), Denílson atuou em 29 partidas pelo clube árabe e marcou dois gols. Sua chegada à Toca da Raposa II se deve principalmente à ausência de Lucas Romero, a serviço da Seleção Argentina na Olimpíada do Rio de Janeiro.

Números de Denílson na carreira:

São Paulo: 207 jogos e 1 gol
Arsenal: 153 jogos e 11 gols
Al Wahda: 29 jogos e 2 gols

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