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Cruzeiro defende Mano, critica árbitro e envia protesto à CBF após derrota para o Botafogo

Atuação de Rafael Traci (PR) foi duramente questionada pelo clube celeste

postado em 12/09/2016 14:58 / atualizado em 12/09/2016 16:48

Yuri Edmundo/Light Press/Cruzeiro
O Cruzeiro enviou nesta segunda-feira uma carta à CBF e à Comissão de Arbitragem em protesto contra a atuação de Rafael Traci (PR), que apitou a partida contra o Botafogo, nesse domingo. O clube celeste alega que o árbitro, aspirante ao quadro da Fifa, cometeu erros em lances decisivos na derrota por 2 a 0, em jogo válido pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Na carta entregue ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e ao presidente da Comissão de Arbitragem, Sérgio Corrêa, o Cruzeiro questiona a marcação de uma falta em jogada que originou o segundo gol botafoguense e um impedimento mal assinalado pelo auxiliar Bruno Boschilia, que anulou o que seria o primeiro gol do clube celeste.

“A arbitragem do jogo apresentou um desempenho distante da grandeza da Série A do Campeonato Brasileiro e suas equipes, tendo participação efetiva em dois lances decisivos. Falta que gerou o segundo gol do Botafogo e anulação de gol legítimo assinalado pelo Cruzeiro. Para esclarecer essas questões, solicitamos que a ouvidoria faça a análise dos lances e nos envie parecer formal da partida completa”, afirmou o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Bruno Vicintin, que assinou o comunicado.

Além de questionar as decisões da arbitragem durante os 90 minutos, o clube defendeu o técnico Mano Menezes em polêmica ocorrida após o apito final. Na súmula da partida, Rafael Traci relatou que o treinador o chamou de “sem vergonha”. De acordo com o Cruzeiro, a ofensa nunca ocorreu.

“Em nenhum momento o Sr. Mano Menezes utilizou a referência 'sem vergonha' ao árbitro. Trata-se de uma afirmação não verdadeira, sendo que a reclamação das marcações da arbitragem procede, inclusive sendo comprovadas pelas emissoras de televisão”, diz a carta.

Traci relatou ainda que, na saída de campo, Mano Menezes chamou o auxiliar Bruno Boschilia de "bandeira de escolinha". O Cruzeiro, novamente, negou a versão dada pelo árbitro.

“Tal afirmação foi proferida pelo Sr. Rafael Vieira, membro da comissão técnica do Cruzeiro. No momento em que o Sr. Rafael Vieira proferiu tal frase, a equipe de arbitragem da partida encontrava-se de costas, acessando o vestiário, portanto, creditar tal frase ao Sr. Mano Menezes é uma demonstração clara de despreparo”, declarou Vicintin, na carta.

No fim do protesto, o Cruzeiro ainda questionou o quarto árbitro Felipe Duarte Varejão, que não teria cumprido o protocolo adequado após a partida.

Confira, na íntegra, a carta enviada pelo Cruzeiro à CBF e à Comissão de Arbitragem

Belo Horizonte, 12 de setembro de 2016

À Confederação Brasileira de Futebol
Ao Dr. Marco Polo Del Nero, Presidente da Confederação Brasileira de Futebol
c.c. Sr. Sérgio Corrêa, Presidente da Comissão de Arbitragem

O Cruzeiro Esporte Clube solicita à presidência da Confederação Brasileira de Futebol atenção aos recentes erros de arbitragem ocorridos nas partidas do Cruzeiro Esporte Clube.

Temos adotado como procedimento durante toda a competição reportar todos os fatos ao Sr. Sérgio Corrêa, presidente da comissão de arbitragem, no entanto, os fatos ocorridos no dia 11 de setembro de 2016, na partida entre Cruzeiro x Botafogo, merecem atenção especial.

A arbitragem do jogo apresentou um desempenho distante da grandeza da Série A do Campeonato Brasileiro e suas equipes, tendo participação efetiva em dois lances decisivos. Falta que gerou o segundo gol do Botafogo e anulação de gol legítimo assinalado pelo Cruzeiro. Para esclarecer essas questões, solicitamos que a ouvidoria faça a análise dos lances e nos envie parecer formal da partida completa.

Ainda assim gostaríamos de observar alguns procedimentos e condutas no sentido de elucidar fatos relatados na súmula da partida. Segundo o Sr. Rafael Traci, árbitro principal, o Sr. Luiz Antonio Vencker Menezes, técnico do Cruzeiro, teria proferido as seguintes palavras no túnel de acesso ao vestiário: “Vai ver o impedimento que o seu bandeira deu no final e a falta que você marcou no segundo gol, seu sem vergonha.” Em nenhum momento o Sr. Mano Menezes utilizou a referência “sem vergonha” ao árbitro. Trata-se de uma afirmação não verdadeira, sendo que a reclamação das marcações da arbitragem procede, inclusive sendo comprovadas pelas emissoras de televisão.

Na sequência dos relatos, afirma ter sido referida pelo Sr. Mano Menezes a seguinte frase: “Vá ver o impedimento que você deu, seu bandeira de escolinha.” Nesse caso, temos mais um fato grave em relação ao comportamento do árbitro. Tal afirmação foi proferida pelo Sr. Rafael Vieira, membro da comissão técnica do Cruzeiro. No momento em que o Sr. Rafael Vieira proferiu tal frase, a equipe de arbitragem da partida encontrava-se de costas, acessando o vestiário, portanto, creditar tal frase ao Sr. Mano Menezes é uma demonstração clara de despreparo.

Ainda vale ressaltar que o Sr. Felipe Duarte Varejão, quarto árbitro, não compareceu ao vestiário da equipe do Cruzeiro para colher a assinatura do capitão e devolver a documentação. Tal função foi delegada a funcionário da Federação Mineira de Futebol, contrariando o protocolo adequado.

Agradecemos a atenção, nos colocamos à disposição para todos os esclarecimentos necessários e seguiremos trabalhando para contribuir com a melhoria da qualidade da arbitragem do nosso país.

Bruno Bello Vicintin
Vice-Presidente de Futebol

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