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Presidente diz que Cruzeiro conseguiu receita para pagar dívida com Huracán por Ramón Ábila

Gilvan de Pinho Tavares garantiu que conseguiu valor necessário nesta segunda

postado em 02/01/2017 23:29 / atualizado em 02/01/2017 23:46

Marcos Vieira/EM/D.A. Press
Entre as inúmeras pautas que tratou durante a comemoração do aniversário de 96 anos do Cruzeiro, o presidente Gilvan de Pinho Tavares garantiu o pagamento ao Huracán, da Argentina, do valor de US$ 1,5 milhão restante pela compra do atacante Ramón Ábila. No último dia 30, por meio de seu site oficial, o clube argentino intimou a Raposa a quitar dívida relativa à compra de 50% dos direitos econômicos do centroavante.

Sem mencionar o comunicado do Huracán, Gilvan criticou a divulgação de notícias sobre o imbróglio. Segundo ele, a imprensa fez papel de “cobradora de outro time”.

“Já conversamos com o presidente do outro clube (Alejandro Nadur). Ele já aceitou a prorrogação de alguns dias do prazo. Não sei porque a imprensa deu tanto destaque ao fato de a gente ter atrasado alguns dias no pagamento. No futebol brasileiro há vários clubes que estão com salários atrasados e isso não é falado”, disse o dirigente, sem revelar quais seriam as agremiações em débito com seus atletas. “Se você atrasa uns dias para pagar um valor num mês desses de dezembro, que a gente tem menos receita, aí começa a levantar questão, como se a imprensa fosse cobradora de outro time”, acrescentou.

Gilvan afirmou que o Cruzeiro pagará o Huracán com recursos financeiros obtidos neste início de janeiro. Ele não especificou se o dinheiro seria oriundo das cotas de TV do Campeonato Mineiro ou de adiantamento de patrocinadores. “Já conseguimos hoje, com assinaturas de contratos que fizemos hoje, receitas para esse princípio de janeiro para cobrir despesas, inclusive essa”, justificou.

O Cruzeiro adquiriu metade dos direitos de Ábila por US$3,82 milhões e ainda assumiu todas as taxas e impostos do negócio. Com esses encargos, o valor da transação pelos primeiros 50% dos direitos acabou acertado em US$4,2 milhões (R$ 13,6 milhões). Até aqui, a cúpula celeste pagou US$2,7 milhões, depositados em agosto, e ainda deve US$1,5 milhão (R$ 4,8 milhões), montante que deveria ter sido pago até 5 de dezembro.

Contrato

Como o Superesportes adiantou em 19 de dezembro, o contrato de compra de Ramón Ábila tem cláusulas prejudiciais ao Cruzeiro. Mesmo depois de pagar por 50% dos direitos do jogador, o clube seria obrigado a depositar mais US$ 4 milhões líquidos em 5 de dezembro de 2017 para adquirir a outra metade do “passe”. Se abrisse mão dessa compra, a diretoria cruzeirense teria que devolver o jogador ao Huracán a partir de 2018.

Logo, o investimento feito inicialmente no atleta serviria apenas para manter a “sociedade” com os argentinos numa futura transferência. Cada instituição teria direito a 50% de uma eventual venda. No futebol, essa situação é rara. Na maioria das vezes, o clube comprador de parte dos direitos econômicos fica em definitivo com os direitos federativos do atleta, sem ter a obrigatoriedade de efetuar a compra total e de devolvê-lo se não adquirir o percentual restante.

Desde junho de 2016 na Toca da Raposa II, Ramón Ábila disputou 28 partidas pelo Cruzeiro, sendo 20 como titular, e marcou 12 gols. O atacante também contribuiu com duas assistências na temporada.

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