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Gilvan se movimenta para propor mudança no estatuto, e debate esquenta no Cruzeiro

Um dos pré-candidatos contratou pesquisa eleitoral, confirmou o presidente

postado em 14/02/2017 17:19 / atualizado em 14/02/2017 17:19

Marcos Vieira/EM/D.A. Press
O jogo de xadrez que será a eleição presidencial do Cruzeiro no fim do ano começa a ter suas peças movimentadas com mais ousadia no Barro Preto. Atual mandatário, Gilvan de Pinho Tavares iniciou na última semana intensa articulação buscando apoio da maioria do conselho para mudar o estatuto do clube e dar chance para novos quadros se candidatarem já no próximo pleito. Ao Superesportes, o presidente voltou a destacar a importância de modernizar o documento.

“O estatuto do Cruzeiro precisa ser alterado. Precisamos cumprir a lei, não podemos fugir de cumprir a lei. Eu sempre fui favorável ao estatuto ser o mais moderno possível, ser o mais atualizado possível e continuo defendendo essa ideia”, disse. “Não vou debater o tema política. Acho de uma indelicadeza muito grande quem está, tão antecipadamente, numa hora tão boa para o Cruzeiro, se lançando como candidato. Não estão só sendo indelicados, como também estão atrapalhando nossa gestão”, complementou.  

Atualmente, para se candidatar à presidência do Cruzeiro, são necessários três mandatos consecutivos como conselheiro nato ou cinco alternados. Quem explica qual seria a mudança é Hermínio Lemos, ex-presidente do Conselho Deliberativo e profundo conhecedor do estatuto do clube. “Sou a favor de qualquer mudança que melhore as condições. Eu acho que vale evoluir, fazer o que for necessário para o bem do clube”, disse, antes de explicar qual seria o rito para a alteração.

 “É necessária a convocação de uma assembleia geral para a mudança do estatuto, convocada pelo presidente do clube com 15 dias de antecedência, pelo menos. Publica-se, então, um edital de convocação. Nessa assembleia o conselheiro tem voto diferenciado do associado comum. Voto de conselheiro benemérito tem peso seis, de conselheiro nato tem peso cinco, o conselheiro pesa quatro, suplente de conselheiro pesa dois. Associado não conselheiro (do clube social) tem peso um”, detalha Lemos.

Hermínio afirmou que a assembleia terá que acontecer, caso seja confirmada, com pelo menos um mês de antecedência das eleições. Ainda não há previsão para o pleito, mas a tendência é que aconteça no próximo mês de outubro. Já anunciaram pré-candidaturas os ex-presidentes Zezé Perrella, que se posicionou contrário às mudanças; César Masci, que aceita alterações no estatuto e o atual vice Márcio Rodrigues, cuja posição não é conhecida. A tendência é que Gilvan de Pinho Tavares lance um quarto candidato.

Pesquisa de intenção de voto

O clima de disputa toma conta de tal forma no Barro Preto, que um dos postulantes à presidência contratou um instituto de pesquisa para testar a intenção de voto do conselho para o pleito do fim do ano. O Superesportes não conseguiu confirmar qual dos candidatos pagou pelo serviço, mas apurou que o resultado foi positivo para Gilvan de Pinho Tavares, que constatou ter pelo menos a metade do grupo ao seu lado.

Ainda em entrevista à reportagem, ele confirmou a existência de uma pesquisa e os índices positivos. “Eu soube que um dos candidatos contratou um instituto para fazer pesquisa para ele e que nem ficou satisfeito com o resultado, porque não foi boa para ele. Os próprios conselheiros não estão aceitando essa ideia. Os percentuais não ficaram tão bons para o lado dele”, disse Gilvan.

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