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Mano, do Cruzeiro, é o técnico da Série A com maior jejum de títulos oficiais

Treinador não levanta uma taça desde 2009, quando foi campeão da Copa do Brasil; quatros novos comandantes ainda não sentiram o gostinho de um título

postado em 13/05/2017 06:00 / atualizado em 13/05/2017 15:49

Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
O Cruzeiro enfrenta o São Paulo na estreia do Campeonato Brasileiro, neste domingo, às 16h, no Mineirão. A competição ganhou ainda mais importância para o clube celeste, recém-eliminado da Copa Sul-Americana pelo modesto Nacional do Paraguai e derrotado há uma semana pelo rival Atlético na final do Mineiro. O torneio será uma prova de fogo também para o técnico Mano Menezes, considerado um dos melhores treinadores do Brasil, mas que já começa a sentir a pressão dos torcedores diante dos recentes fracassos.

Levantamento realizado pelo Superesportes constatou que o treinador celeste é, dos comandantes da Série A com títulos no currículo, o que enfrenta o maior jejum. Na contagem foram descartadas conquistas de torneios amistosos.

O último título oficial do treinador gaúcho foi a Copa do Brasil em 2009. Na ocasião, Mano dirigia o Corinthians e conquistou a taça em decisão contra o Internacional. Antes disso, ele já havia vencido duas Séries B (com o Grêmio, em 2005, e com o Corinthians, em 2008), dois Campeonatos Gaúchos (Grêmio) e um Campeonato Paulista (Corinthians).



Mano deixou o clube de Itaquera em 2010 para dirigir a Seleção Brasileira, após demissão de Dunga. O craque Neymar, aliás, estreou com a amarelinha sob o comando dele. A Copa América de 2011 foi o único torneio oficial em que o gaúcho comandou a Seleção principal. O Brasil saiu nas quartas de final após perder nos pênaltis para o Paraguai. Na Olimpíada de Londres, em 2012, Mano foi medalha de prata ao perder a decisão para o México.

Os únicos títulos de Mano à frente da Seleção foram no Superclássico das Américas, torneio amistoso, contra a Argentina, em 2011 e 2012.

Mano Menezes foi demitido da Seleção Brasileira em 2012. No ano seguinte, assumiu o Flamengo. Fez apenas 22 jogos no comando do clube carioca. Por causa da dificuldade em encaixar o trabalho, pediu demissão. Até hoje não é bem visto pelos rubro-negros. Assumiu o Cruzeiro em 2015, ajudando a livrar o time celeste do rebaixamento. No fim da temporada, deixou a Toca da Raposa e foi oficializado pelo Shandong Luneng. A experiência na China durou seis meses. Em junho de 2016, foi demitido em função dos maus resultados na Ásia. Retornou à Raposa em mais uma campanha de recuperação na Série A e só agora, em 2017, tem chances de perseguir um título na Toca. As chances são no Brasileiro, na Copa do Brasil e na esquecida Primeira Liga.

Comparações com outros técnicos da Série A

Com carreiras recentes, quatro treinadores que começarão o Brasileiro ainda não conquistaram um troféu sequer. São os casos de Rogério Ceni, do São Paulo, cuja carreira teve início nesta temporada; Jair Ventura, efetivado no Botafogo no ano passado; Petkovic, recém-anunciado pelo Vitória; e Claudinei Oliveira, com caminhada desde 2013.

Fora esses listados, todos os outros treinadores da Série A já foram campeões ao menos uma vez. Cinco deles iniciam o Brasileiro respaldados por títulos recentes de estaduais:  Roger Machado (Atlético), Zé Ricardo (Flamengo), Pachequinho (Coritiba), Vagner Mancini (Chapecoense) e Fábio Carille (Corinthians).

No fim do ano passado, Cuca, Renato Gaúcho e Marcelo Cabo levantaram taças. O primeiro venceu o Brasileirão com o Palmeiras; Renato levou a Copa do Brasil no comando do Grêmio; já Marcelo venceu a Série B de forma incontestável pelo Atlético-GO.

Dorival Júnior (Santos), Guto Ferreira (Bahia), Paulo Autuori (Atlético) e Milton Mendes (Vasco) também celebraram em 2016. Eles venceram torneios regionais no ano passado.

Também com jejum inferior ao de Mano estão Abel Braga (Fluminense), Gilson Kleina (Ponte Preta) e Ney Franco (Sport). A última conquista de Abel foi o Campeonato Gaúcho de 2014, pelo Internacional. Kleina foi campeão da Série B com o Palmeiras em 2013. Já Ney Franco venceu a Copa Sul-Americana pelo São Paulo, em 2012.

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