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Candidato à presidência do Huracán ameaça Cruzeiro com postura nova no 'caso Ábila'

Jorge Anca falou em "ir a BH" resolver imbróglio e criticou administração

postado em 20/06/2017 16:37 / atualizado em 20/06/2017 17:22

Reprodução
Dia após dia, a interminável novela que envolve Cruzeiro, Huracán e Ramón Ábila ganha novos capítulos. E se em Belo Horizonte o clima está agitado por conta das eleições presidenciais em outubro, em Buenos Aires a situação é parecida. Em meio à campanha ao principal cargo administrativo do clube argentino, o opositor Jorge Anca ameaçou mudar a estratégia para finalmente pôr fim ao imbróglio resultante da transferência do centroavante.
 
“Se eu for eleito, a primeira coisa que vou fazer é, no dia seguinte, ir a Belo Horizonte buscar ou o ‘Wanchope’ (Ábila) ou o dinheiro”, disse, em entrevista à Radio General Güemes, da Argentina.
 
As desavenças entre Cruzeiro e Huracán começaram em dezembro de 2016. À época, o clube brasileiro deixou de pagar 1,5 milhão de dólares (cerca de R$ 4,8 milhões) referentes a uma das parcelas da compra de 50% dos direitos econômicos de Ábila, acordada em junho. Desde então, dirigentes dos clubes trocaram farpas por meio da imprensa.
 
Alejandro Nadur, atual presidente do Huracán, tornou públicas as cobranças feitas ao Cruzeiro. Recentemente, o clube brasileiro foi intimado pela Fifa a pagar o valor devido em um mês, além de juros de 10% por ano de atraso. Inicialmente, a quitação da dívida deveria ter ocorrido em 6 de dezembro de 2016.
 
De lá para cá, nomes como Gilvan de Pinho Tavares e Klauss Câmara comentaram as cobranças. O presidente do Cruzeiro, inclusive, chegou a chamar Nadur de “apavorado”.
 
Disputas no Huracán
 
Autor da polêmica declaração, Jorge Anca é um dos opositores nas eleições do Huracán. Membro da Comissão Diretiva do clube, ele apoiava a administração atual. A relação, no entanto, estremeceu a partir de 2014, quando o Huracán, já sob o comando de Nadur, conquistou o título da Copa da Argentina diante do Rosario Central.
 
“Depois de ganhar a Copa da Argentina, ele [Nadur] começou a achar que é dono do clube. Nós, membros da Comissão Diretiva, resolvemos concorrer e montar nossa própria lista de nomes (candidatos), porque toda vez que perguntávamos algo para ele, ele dizia para montar uma lista. Assim é Nadur. É um ditador, é um feudal”, atacou. "Eu nem sei se Nadur é torcedor do Huracán", provocou o candidato.
 
Parte do grupo “Somos Todos Huracán”, Anca disputa a presidência com o empresário Gustavo Mendelovich (“Venha mudar o Huracán”) e Alejandro Nadur (“Círculo Acima Huracán”), que comanda o clube desde 2011. O pleito está marcado para este domingo, dia 25 de junho.

Washington Alves/Cruzeiro

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