Cotado no Cruzeiro, jovem Marcelo Torres, do Boca, exibe 'sucesso efêmero' nas redes

Aos 19 anos, o atacante Marcelo 'Chelo' Torres, destaque do time de aspirantes do Boca Juniors, é um dos jogadores pedidos pelo Cruzeiro na troca pelo centroavante Ramón Ábila. Por conta das muitas notícias e de citações de torcedores dos dois clubes, o nome da jovem promessa se tornou, nesta sexta, um dos assuntos mais comentados no Twitter na região de Buenos Aires, capital argentina. Horas depois, Chelo exibiu no Instagram, num misto de orgulho e vergonha, o resultado desse sucesso efêmero, típico dos dias atuais.

Durante todo o dia, as redes sociais de Marcelo ‘Chelo’ Torres foram invadidas por cruzeirenses, já dando a ele boas vindas, e por xeneizes, lamentando sua saída prematura do clube. Este ano, o atacante fez cinco gols pela Seleção Argentina no Sul-Americano Sub-20 e mais dois no Mundial da categoria. Na base, é considerado promissor.

No começo da noite desta sexta-feira, a imprensa argentina passou a noticiar que Chelo aceitou ser emprestado ao Cruzeiro para que Ábila se transfira em definitivo para o Boca Juniors. Além de Torres, o meia Messidoro, de 20 anos, também iria para a Toca, mas com parte dos direitos econômicos cedidos. Nenhum dos clubes ainda confirma o acordo.

Para contar com Ábila, o Boca estaria ainda disposto a assumir a dívida de US$ 1,5 milhão que o Cruzeiro tem com o Huracán da Argentina relativa à compra de 50% dos direitos. No ano passado, a diretoria cruzeirense adquiriu esse percentual por US$ 4,2 milhões, incluindo impostos, mas, até aqui, efetuou o pagamento de apenas US$ 2,7 milhões. 

Na manhã desta sexta, o agente de Chelo Torres, Marcelo Simonian, foi consultado pela reportagem sobre a possibilidade de o atacante ser emprestado ao Cruzeiro e alegou que não havia sido consultado pelo Boca. Já no período da tarde, ele parou de responder mensagens. Durante todo o dia, o jogador também recusou chamadas telefônicas.

No caso específico de Messidoro, cria do Boca que estava emprestado ao Sport Boys da Bolívia na fase de grupos da Copa Libertadores, o caminho para o acerto é tratado como mais fácil. É que Adrián Ruocco, agente de Ábila, também é seu representante.

Messidoro deixou o Sport Boys antes do fim do contrato para fechar um acordo com o Atlético Tucumán da Argentina, negociação que está paralisada desde que surgiu a possibilidade de ele ser envolvido na transação de Ábila com o Boca Juniors. Procurado nesta sexta à noite, Ruocco disse apenas que “os clubes seguem conversando”.

A intenção do presidente do Boca, Daniel Angelici, é já ter Ramón Ábila em Buenos Aires na segunda-feira, dia em que o elenco se apresenta para iniciar a pré-temporada. Justamente por isso, ele dificilmente será relacionado por Mano Menezes para o jogo com o Flamengo, no domingo, às 16h, no Mineirão, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Oferecido pelo Boca ao Cruzeiro nessa transação, o meia Nicolás Colazo, de 27 anos, teve a transferência para o Brasil totalmente descartada pelo seu agente, Sergio Levinton. Procurado pelo Superesportes, ele explicou que o jogador não aceitaria ser moeda de troca.

”Difícil. Primeiro, até que não seja confirmado a concretização da ida de Wanchope ao Boca, não há nada. Segundo: Nicolás Colazo não é um jogador para ser parte de pagamento de Wanchope. São cinco anos no time profissional do Boca, classificado para a Libertadores, títulos dentro do Boca, isso não faz dele o troco de outro jogador, que é um grande jogador, é muito bom, mas creio que não tem os anos e a experiência que teve Colazo no Boca. Se Cruzeiro quer Colazo, terá que fazer uma oferta formal e não como troco de Wanchope. Muito difícil a operação nessas condições. Pelo menos com Colazo. Creio que outros jogadores jovens podem ir, Colazo não”, decretou o agente. De qualquer forma, o Cruzeiro não teria visto esse nome com bons olhos.