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Torcedora divulga ofensa machista de funcionária do Cruzeiro em evento com ídolos

Funcionária chamou grupo de torcedoras de "chuteira"

postado em 21/09/2017 17:32 / atualizado em 21/09/2017 18:18

Nayara Quirino, torcedora do Cruzeiro, divulgou um vídeo, por meio das redes sociais, denunciando ter sofrido uma ofensa machista de uma funcionária do clube durante a noite de autógrafos com o volante Hudson e os meias Thiago Neves e Robinho, nessa quarta-feira, na loja Cruzeiro Official Store, no Barro Preto, em Belo Horizonte.

O vídeo mostra Eliza Carvalho, responsável por eventos e planejamentos no clube celeste, chamando algumas torcedoras de "chuteira", em alusão à expressão "maria chuteira". No Brasil, esse termo pejorativo é utilizado para designar mulheres que se interessam apenas pelo dinheiro e pelo status dos jogadores.

No pronunciamento feito pelo Instagram, Nayara diz que, como sócio-torcedora do clube, está presente em quase todos os jogos no Mineirão e que, inclusive, foi ao Maracanã para assistir à primeira partida da final da Copa do Brasil, contra o Flamengo.

No evento de quarta-feira, as fotos com os jogadores estavam condicionadas à retirada de um voucher, que, por sua vez, dependia da compra de R$ 150 em produtos da loja. Nayara Quirino conta que ficou de fora do evento pelo fato de os vouchers terem se esgotado. A torcedora afirma que sabia da limitação de bilhetes e ficou chateada, na verdade, pela forma como foi tratata pela funcionária do clube. (Assista ao vídeo abaixo)


Gostaria de relatar uma experiência constrangedora que passei ontem, 20 de setembro, como torcedora do Cruzeiro. Compareci a um evento na CRUZEIRO OFFICIAL STORE (localizada na rua Araguari, Barro Preto), tratava-se de uma noite de autógrafos com os jogadores Thiago Neves, Hudson e Robinho. Conforme divulgado pelos organizadores, o evento teria início às 19h e término às 20h30 e quem realizasse compras no valor acima de R$150,00 receberia um voucher que daria direito a autógrafo e fotos com os atletas. Também foi divulgado que os vouchers seriam limitados. Cheguei ao evento por volta de 19h20 e aguardei na fila, assim como todos que estavam presentes. Por volta de 19h35 avisaram que os vouchers haviam esgotado e bloquearam a entrada. Eu e os demais continuamos do lado de fora (a maioria mulheres) para acompanhar a saída dos jogadores. Eis que, conforme comprovação em vídeo, aparece uma funcionária do Cruzeiro na porta, faz um sinal para os seguranças e fala: %u201Ctudo história%u201D, %u201Cchuteira%u201D. Poxa, Cruzeiro! Nós, MULHERES, também somos torcedoras, também proporcionamos renda ao clube; também entendemos sobre futebol e não estávamos interessadas somente em tirar uma foto com os jogadores. O mínimo que exigimos é respeito. Sou sócio torcedora, categoria Brasileiro, acompanho o time desde que me entendo por gente. Marco presença em praticamente todos os jogos. Fui ao Rio de Janeiro para o jogo contra o Flamengo e estarei presente aqui, no Mineirão, para ajudar o time a levantar a taça. Ali, diante daquela situação, me senti humilhada, ultrajada. É inaceitável que a diretoria permita esse tipo de postura, vinda de um funcionário, em desrespeito à torcida. Aguardo um posicionamento e uma retratação pública a mim e aos demais presentes. - Nayara Quirino - @naynhacec

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Em entrevista ao Superesportes, Marcone Barbosa, diretor de marketing do Cruzeiro, comentou o episódio. "Ali foi uma discussão entre torcedoras e uma funcionária do clube. Esse tipo de discussão acontece sempre, até em fila de jogo, porque eles costumam pedir uma coisa que, às vezes, estamos impossibilitados de resolver. Em relação a esse caso de ontem, eu não vejo polêmica nisso aí. Vamos avaliar internamente o contexto e, caso tenha havido erro, corrigiremos o que for necessário", afirmou.

Bruno Pedra, gerente da Cruzeiro Official Store, explicou que a troca de vouchers ocorreu conforme informado na ação. Eliza Carvalho, funcionária do Cruzeiro envolvida no caso, não mantém nenhum vínculo com a loja. "A gente divulgou antecipadamente que o número de vouchers era limitado. A princípio, venderíamos 150, mas, em função do alto volume de torcedores, passamos para 200. A venda funcionou de maneira muito normal aqui na loja e os jogadores tinham um tempo determinado, que era das 19h às 20h30. Quando deu por volta de 20h15, nós fechamos a loja para aqueles que tinham adquirido os vouchers pudessem ser atendidos antes de os jogadores irem embora. Então, aqui na loja eu te digo que foi tudo normal. Comercializamos 120 durante o dia e os outros 80 à noite", explicou Bruno Pedra.

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