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À espera de definição de futuro, Mano diz que Cruzeiro precisará de reforços para continuar brigando por títulos em 2018

Depois de comandar o clube celeste na conquista da Copa do Brasil de 2017, treinador aponta necessidade de investimento maior na temporada seguinte

postado em 01/10/2017 09:00 / atualizado em 30/09/2017 23:22

Leandro Couri/EM D.A Press
A eleição presidencial do Cruzeiro, marcada para as 15 horas desta segunda-feira, no Parque Esportivo do Barro Preto, terá influência na continuidade ou não do trabalho de Mano Menezes à frente do grupo profissional. Questionado se pretende alcançar no clube números semelhantes aos atingidos em Corinthians (248 jogos) e Grêmio (169 jogos), o comandante afirma que aguardará o resultado da disputa entre Wagner Pires de Sá – apoiado pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares – e Sérgio Santos Rodrigues.

“Penso que tudo que vai acontecer no Cruzeiro passa pela eleição para presidente, que está prevista para a semana que vem. O presidente vai decidir isso. A gente não pode inverter a ordem das coisas. O meu contrato é um contrato que vai até o fim do ano com o Cruzeiro e o novo presidente vai decidir os profissionais com quem ele quer trabalhar, seja no departamento do futebol ou em outras áreas. Então é bom esperar”, disse o treinador.

Na sequência da resposta, Mano Menezes lembrou as dificuldades encontradas pelo Cruzeiro antes do título da Copa do Brasil – conquistado na última quarta-feira com vitória nos pênaltis sobre o Flamengo por 5 a 3, no Mineirão. Em 2015, por exemplo, o gaúcho tomou frente da equipe no returno do Campeonato Brasileiro e obteve aproveitamento de 62,5% (oito vitórias, seis empates e duas derrotas). Ainda assim, a Raposa conseguiu apenas um oitavo lugar, com 55 pontos, já que a primeira metade da competição foi abaixo de quaisquer expectativas. Depois de rápida passagem pelo Shandong Luneng, da China, Mano voltou ao Cruzeiro no segundo semestre de 2016. O cenário foi semelhante ao encontrado na temporada anterior, com campanha de recuperação na Série A – saiu da zona de rebaixamento e encerrou em 12º lugar.

“O que a gente gosta como treinador, e a gente valoriza muito, são as perspectivas de fazer esses resultados que a gente quer conquistar na vida. O Cruzeiro passou por dois anos difíceis, isso não foi à toa. Teve a ver com os gastos do bicampeonato, a gente teve que administrar uma escassez maior, uma falta de recursos maiores, é natural que isso aconteça. O investimento foi menor que os dos principais adversários”.

Em 2017, o único contratado pelo Cruzeiro com “status de astro” foi o armador Thiago Neves. Os demais se encaixaram no perfil de agregar valores. E alguns até ganharam grande destaque, como o lateral-esquerdo Diogo Barbosa e o volante Hudson. Mano Menezes elogiou o trabalho da diretoria, mas avisou que, caso siga no Cruzeiro em 2018, haverá necessidade de investimento maior no elenco, já que o time disputará a Copa Libertadores da América e tem o sonho de buscar o tricampeonato do torneio continental.

“Nós conseguimos trazer para esta temporada jogadores com custo baixo, pois não tínhamos tanta capacidade de investimento. A direção teve que ser muito competente para achar os jogadores e trazê-los. Foi mérito. Mas a gente sabe que o futebol precisa de investimento para trazer os resultados, principalmente quando você compete contra times que estão fazendo o que fazem Flamengo e Palmeiras. O futebol tem uma proporção com aquilo que é investido. Mas é uma conversa mais para a frente. Vamos esperar”.

Na partida do meio de semana contra o Flamengo, Mano Menezes atingiu 106 jogos no comando do Cruzeiro. O retrospecto dele aponta 53 vitórias, 32 empates e 21 derrotas. São 163 gols a favor e 92 contra. Mano é o 16º treinador que mais comandou a Raposa na história. O líder desse ranking é Ilton Chaves, com 362 partidas em sete passagens entre as décadas de 1960 e 1980.

Técnicos com mais jogos pelo Cruzeiro na história
 
1- Ilton Chaves: 362 (1969; 1970; 1970-1971; 1971-1972; 1972-1975; 1979-1980; 1983-1984)
2- Levir Culpi: 257 (1996; 1998-1999; 2005)
3- Niginho: 256 (1948-1949; 1953-1955; 1955; 1959-1961; 1962-1963)
4- Ayrton Moreira: 206 (1957; 1964-1967)
5- Ênio Andrade: 187 (1989; 1990; 1991-1992; 1994; 1995)
6- Matturio Fabbi: 181 (1928-1931; 1932-1935; 1938)
7- Orlando Fantoni: 172 (1967-1968; 1971-1972; 1983)
8- Adilson Batista: 170 (2008-2010)
9- Marcelo Oliveira: 169 (2013-2015)
10- Bengala: 136 (1938-1939; 1939-1943; 1944; 1946-1947; 1955)
11- Carlos Alberto Silva: 135 (1986-1987; 1988; 1988-1989; 1993; 1995)
12- Gérson Santos: 143 (1958-1959; 1962; 1969-1970)
13- Zezé Moreira: 132 (1975-1977)
14- Vanderlei Luxemburgo: 126 (2002-2004; 2015)
15- Yustrich: 117 (1972; 1977; 1982)
16- Mano Menezes: 106 (2015; 2016-2017)

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