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Com Thiago Neves acima da média, Mano pede responsabilidade dividida no Cruzeiro

Técnico espera que outros jogadores também acertem o pé no Campeonato Brasileiro, tal como tem feito o camisa 30, artilheiro do time com oito gols

postado em 29/10/2017 06:30 / atualizado em 29/10/2017 11:55

Gladyston Rodrigues/EM D.A Press
Sem o atacante Rafael Sobis, desfalque por causa de incômodo na articulação do joelho, e o meia Alisson, vetado em função de dores na coxa e no joelho direito, o Cruzeiro terá Rafael Marques e Arrascaeta como parceiros do armador Thiago Neves no setor ofensivo para o jogo contra o Palmeiras. As equipes se enfrentam às 20h desta segunda-feira, no Allianz Parque, em São Paulo, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. A missão desses atletas – que terão ainda o apoio do meia Rafinha – é fazer com que o time capriche no momento de finalizar e possa converter as oportunidades criadas em gols.
 
Compartilhar as obrigações no ataque é um pedido do técnico Mano Menezes. Ele não quer que a responsabilidade fique restrita somente a um jogador. “Acho perigoso as equipes sobrecarregarem um jogador apenas do jeito que o futebol é jogado e dar a ele a tarefa de ser o grande marcador de gols. Acho que uma equipe precisa ter várias opções. E penso que o Cruzeiro até os tem. Há jogadores com competência muito grande na definição de jogadas. O que nos faltou foi definir melhor aquilo que nós criamos naquele jogo e em alguns outros jogos. É característica de equipe de modo geral. Nós precisamos é entender o jogo, como fizemos muitas vezes na temporada”.
 
Conforme os números atuais, quem está sobrecarregado nesse quesito é Thiago Neves, responsável por oito gols em 26 jogos na Série A. Nas estatísticas do Footstats, ele é o primeiro no ranking de finalizações certas de todo o Brasileiro, com 47 tentativas – 11 a mais que o corintiano Jô, que em 36 arremates marcou 15 vezes na competição. Thiago também lidera o quesito assistências, com cinco passes para gols (empatado com Alisson). O camisa 30, portanto, participou diretamente de cerca de um terço dos 36 gols do Cruzeiro no campeonato.
 
Em compensação, Arrascaeta – que sofreu duas lesões e ficou afastado de várias rodadas – anotou apenas um gol em 11 jogos no Brasileiro. O uruguaio não deu assistências. Rafael Marques também balançou a rede uma vez, mas em 16 partidas (a maioria como suplente). Já Rafinha tem números um pouco melhores: três gols e uma assistência em 21 jogos.
 
Ao falar sobre Thiago Neves, Mano estendeu a análise para toda a temporada, na qual o meia contabiliza 14 gols e 12 assistências em 50 apresentações. “Se eu der mais liberdade ao Thiago, ele vai querer jogar no gol. Não dá para cobrar mais de jogadores como o Thiago. Ele fez sua parte na temporada, é o jogador com mais assistências e estabeleceu uma meta - ousada, eu diria (20 gols e 15 assistências ao término da temporada). Todos avaliamos como uma meta difícil de ser alcançada, e ele está próximo de chegar”, disse o treinador, que pediu tranquilidade ao grupo para o duelo em São Paulo. “O Thiago está fazendo bem, como outros jogadores estão fazendo. Vamos com calma, não tem desespero na temporada. Jogaremos dentro das nossas características contra um adversário difícil como o Palmeiras. É isso que temos que fazer”.

Contra o Palmeiras, o Cruzeiro tentará voltar a vencer no Brasileiro depois de derrotas seguidas para Coritiba (1 a 0, no Couto Pereira) e Atlético (3 a 1, no Mineirão). Por causa da série negativa, a equipe de Mano Menezes estacionou na quinta posição do Brasileiro, com 47 pontos. O Verdão, que soma 53, iniciou a rodada na vice-liderança.

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