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Chapa 'Somos Todos Cruzeiro' vence eleição; Vicintin perde vaga no Conselho do clube

Foram eleitos 220 conselheiros efetivos e 110 conselheiros suplentes

postado em 02/12/2017 21:06 / atualizado em 02/12/2017 22:09

Vinícius Silva / Portre Imagens / Divulgação

Depois de uma briga judicial, o Conselho Deliberativo do Cruzeiro foi às urnas e definiu os novos quadros efetivos e suplentes. Apenas uma chapa participou do pleito. Com apoio do ex-presidente Zezé Perrella e do mandatário eleito, Wagner Pires de Sá, o grupo 'Somos Todos Cruzeiro' saiu vencedor. Ao todo, 404 conselheiros votaram.

Foram eleitos 220 conselheiros efetivos e 110 conselheiros suplentes. Os mandatos valem de 2018 até o fim de 2020. O ex-vice presidente de futebol Bruno Vicintin e o atual superintendente das categorias de base, Antônio Assunção, não estavam na chapa eleita e estão fora do quadro de conselheiros.

Vicintin e Assunção estavam em outro grupo, o ‘Pelo Cruzeiro Tudo, do Cruzeiro Nada’, que foi impugnado. A aliança foi feita de última hora pelo atual presidente Gilvan de Pinho Tavares e pelo segundo vice-presidente eleito, Ronaldo Granata.

Inicialmente, apenas uma chapa iria se inscrever na eleição. Mas o acordo entre oposição e situação ruiu. Perrella e Wagner cortaram nomes da lista, como os de Vicintin e Assunção, e incluíram outros.

Alguns conselheiros criticaram a forma como a eleição se deu: “Hoje teremos eleição para o Conselho Deliberativo no Cruzeiro. Uma vergonha o que fizeram com um momento tão importante na vida do Clube!”, disse Anísio Ciscotto, conselheiro nato, em post no Twitter.



Antes da eleição, um grupo de conselheiros liderado pelo advogado Kris Brettas Oliveira foi responsável por entrar com pedido de tutela de urgência para suspender o pleito. Entre vários argumentos apresentados, o juiz Luiz Gonzaga Silveira Soares concordou que houve duplicidade de candidatos nas chapas ‘Pelo Cruzeiro Tudo, do Cruzeiro Nada’ e ‘Somos Todos Cruzeiro’ e concedeu a liminar. Conforme o magistrado, os conselheiros inscritos nas duas composições ficariam inelegíveis. Mas, nesta sexta-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) revogou a liminar que suspendia o pleito no clube.

O atual presidente do Conselho, João Carlos Gontijo de Amorim, disse que a eleição ocorreu dentro das normas do clube e das leis brasileiras. “A chapa ' Pelo Cruzeiro Tudo, do Cruzeiro Nada' não concorreu porque, em um recurso interposto por mim na Justiça, consegui derrubar uma liminar e foi entendido que o parecer que eu havia tomado, pela renúncia da inscrição da chapa por duplicidade nos nomes na lista, foi validado. E por ter sido considerada irregular, ela foi excluída do pleito”, afirmou.

Gontijo considerou que os nomes em duplicidade seriam confirmados para a chapa 'Somos Todos Cruzeiro'. Ele explicou que se tratou de uma decisão posterior dos próprios candidatos, já que os documentos do grupo 'Pelo Cruzeiro Tudo, do Cruzeiro Nada' eram do início do ano e as assinaturas do 'Somos Todos Cruzeiro' foram colhidas em novembro, demonstrando a mudança de posição dos candidatos.

“Foram registros de maio e abril da chapa 'Pelo Cruzeiro Tudo, do Cruzeiro Nada',  e aqueles mesmos conselheiros fizeram registro em novembro na outra chapa, em ato posterior daquele outro, legitimando a vontade atual deles de participar da chapa 'Somos Todos Cruzeiro', já que foi um ato posterior. Esse meu entendimento foi corroborado na Justiça”, frisou Gontijo, que não teme uma judicialização do resultado.

“Tivemos uma decisão favorável por causa dessa decisão da Justiça. Mas qualquer cidadão pode ir à Justiça caso se sinta lesado. Se quiser buscar em juízo e discutir o que foi feito nesta eleição, estamos prontos, mas espero que não. Queremos um Cruzeiro tranquilo, em busca de uma normalidade que sempre reinou no Cruzeiro”, disse Gontijo.

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