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Dois jogos como titular, quatro gols: Sassá muda rumo do Cruzeiro na Libertadores

Atacante virou artilheiro do time celeste na competição continental

postado em 03/05/2018 17:46 / atualizado em 03/05/2018 19:01

Vinnicius Silva/Cruzeiro
Dois jogos como titular, quatro gols. A impressionante média pertence a Sassá, atacante do Cruzeiro, que teve papel muito importante nas goleadas por 7 a 0 sobre a Universidad de Chile, no Mineirão, e 4 a 0 diante do Vasco, em São Januário. Com as vitórias, o time celeste superou um início turbulento na Copa Libertadores, chegou a oito pontos e só depende de si mesmo para ser o líder do Grupo 5. Basta vencer o Racing no dia 22 (terça-feira), às 21h30, no Gigante da Pampulha.

No jogo contra La U, na última quinta-feira (26/4), Sassá converteu cobrança de pênalti, no primeiro tempo, e marcou um gol completando cruzamento do lateral-esquerdo Egídio, na etapa complementar. Ele também contribuiu com assistência para o cabeceio do meia Rafinha no lance do segundo gol celeste.

Já diante do Vasco, Sassá recebeu passe de Egídio e arriscou chute de fora da área. A bola desviou levemente no zagueiro Paulão e encobriu Martín Silva. Era o terceiro gol da Raposa ainda no primeiro tempo. Na etapa final, o centroavante se aproveitou do vacilo do zagueiro Werley, roubou a redonda na grande área e bateu rasteiro para o fundo das redes.

Além dos gols e das assistências, Sassá teve grande importância no posicionamento do setor ofensivo. Atacante de ofício, ele procurou pressionar a saída de bola dos adversários e não se intimidou quando teve de se envolver em divididas mais ríspidas. Sua força física, aliás, acabou lhe favorecendo no 'pé-de-ferro' com os zagueiros rivais.

Nos empates sem gols com Vasco, no Mineirão (4/4), e Universidad de Chile (19/4), em Santiago, Sassá ficou no banco de reservas. Mano Menezes optou por revezar Thiago Neves e Arrascaeta no ataque, e a estratégia não deu certo. Sem características de centroavante, os meias voltavam muitas vezes para buscar a bola e deixavam os defensores adversários 'sem ter quem marcar'.

Nessas partidas, o Cruzeiro só melhorou no momento em que Mano colocou Sassá para jogar. Contra o Vasco em Belo Horizonte, o atacante teve três chances para se consagrar, porém parou em boas defesas de Martín Silva. Diante da Universidad de Chile em Santiago, o 'herói' dos chilenos foi o volante Reyes, que cortou na hora certa uma tentativa de finalização do camisa 23 que poderia ganhar as redes de Johnny Herrera.

Ramon Lisboa/EM D.A Press
A evolução ofensiva do Cruzeiro não se deve apenas pelo futebol apresentado por Sassá, mas também por Thiago Neves e Arrascaeta ficarem menos sobrecarregados e terem a condição de 'flutuar' por todo o campo. Tanto que os dois armadores balançaram a rede contra La U em jogadas nas quais ingressaram na área como 'elementos-surpresa'. Do mesmo modo, TN30 deu sequência ao 'faro de artilheiro' no duelo com o Vasco e marcou o segundo gol da equipe, após passe de Egídio.

Artilheiro

Com os quatro gols marcados, Sassá assumiu a artilharia do Cruzeiro na Copa Libertadores de 2018. No ranking da competição, está empatado com Airon del Valle, do Millonarios-COL, e abaixo de Lautaro Martínez, do Racing-ARG (5), e Wilson Morelo, do Santa Fe-COL (8).

"Tenho que agradecer a Deus. Passei por um período machucado, mas agora já voltei à minha forma. Estou tendo sequência e os gols voltaram a sair", comemorou o atacante. "A gente estava jogando bem, mas a bola não estava entrando. Fizemos grandes jogos contra Racing e Vasco, mas a bola não entrou. Nesses últimos dois jogos a bola voltou a entrar e conseguimos fazer grandes jogos de novo", acrescentou.

O próximo compromisso do Cruzeiro é pelo Campeonato Brasileiro. Se for escalado pelo técnico Mano Menezes, Sassá enfrentará o Botafogo, clube que o revelou para o futebol. A partida será realizada no domingo, às 16h, no Mineirão. O objetivo da Raposa é conquistar sua primeira vitória na competição.

Lista dos goleadores do Cruzeiro em Libertadores

1967: Evaldo, Tostão e Natal - 5 gols
1975: Palhinha - 7 gols
1976: Palhinha - 13 gols*
1977: Nelinho - 2 gols
1994: Ronaldo e Luís Fernando Flores - 2 gols
1997: Marcelo Ramos - 4 gols
1998: Marcelo Ramos - 1 gol
2001: Geovanni - 7 gols
2004: Guilherme - 4 gols
2008: Marcelo Moreno - 8 gols *
2009: Wellington Paulista - 5 gols
2010: Thiago Ribeiro - 8 gols *
2011: Wallyson - 7 gols *
2014: Bruno Rodrigo e Ricardo Goulart - 4 gols
2015: Leandro Damião - 4 gols
2018: Sassá - 4 gols (torneio em andamento)

* Foram artilheiros das respectivas edições

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