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Cruzeiro divide atenções entre Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro; relembre outras temporadas com simultaneidade de torneios

Técnico Mano Menezes administra elenco celeste para as três competições

postado em 10/08/2018 06:30 / atualizado em 10/08/2018 09:43

Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.
Depois de se enfrentarem pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, Cruzeiro e Flamengo voltam a medir forças no domingo, às 16h, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Novamente, o Maracanã será palco do confronto, mas em cenário diferente do ambiente da última quarta-feira, quando o time celeste ganhou por 2 a 0 e deu passo importante rumo às quartas de final da competição sul-americana. Distante das primeiras colocações da Série A (8º, com 25 pontos), a Raposa tem nos torneios de mata-mata a oportunidade de conquistar títulos expressivos em 2018. Por isso, utilizará os reservas na elite nacional. Na próxima quarta, às 19h30, será a vez de enfrentar o Santos, no Mineirão, pelo duelo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. No primeiro jogo, o Cruzeiro ganhou por 1 a 0, na Vila Belmiro.

“Estamos felizes por ter avançado na Copa do Brasil e disputar com o Santos uma vaga na semifinal. Conquistamos o direito de enfrentar o Flamengo nas oitavas de final. Temos o objetivo de passar, e quando a gente passa, os jogos vão aumentando. Mas é algo positivo, a gente tem que valorizar isso”, comemorou o técnico Mano Menezes, explicando, em seguida, a razão pela qual mudará a equipe no Brasileiro.

“Mesmo que você mantivesse os jogadores, não conseguiria render bem em função do desgaste físico. Então vamos administrar no domingo no jogo contra o Flamengo, pois na quarta voltamos a enfrentar o Santos pela Copa do Brasil. A vantagem é boa, mas ainda é pequena. Teremos jogos difíceis para confirmar essas duas condições que alcançamos nas Copas”, acrescentou Mano.

Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.

Uma possível formação do Cruzeiro para enfrentar o Flamengo no domingo terá Rafael; Ezequiel, Manoel, Murilo e Marcelo Hermes; Henrique (Lucas Silva) e Ariel Cabral; Rafinha, Mancuello e David; Raniel (Rafael Sobis). Bruno Silva, suspenso, e Lucas Romero, com desgaste muscular na panturrilha esquerda, são os desfalques de momento.

Segundo o cronograma da Conmebol, a Copa Libertadores será encerrada em 28 de novembro. Já a Copa do Brasil, conforme a programação da CBF, terminará em 17 de outubro. A agenda de 2018 foi esticada em função da paralisação para a Copa do Mundo, entre 14 de junho e 15 de julho. Caso chegue às decisões desses dois torneios, o Cruzeiro conciliará as disputas com o Brasileirão e poderá chegar a 80 partidas no calendário de 2018. Em outras temporadas, o clube dividiu atenções entre Copa do Brasil ou Libertadores e Série A, mas não as três ao mesmo tempo. Relembre as ocasiões:

2003

Antes de enfrentar o Flamengo na decisão da Copa do Brasil, o Cruzeiro pegou o Criciúma, no Mineirão, pela 11ª rodada do Brasileiro. Na ocasião, o técnico Vanderlei Luxemburgo deixou no banco de reservas o lateral-direito Maurinho, os volantes Augusto Recife e Wendel, o armador Alex e o atacante Aristizábal. Com gols de Mota e Márcio, a Raposa venceu por 2 a 0, somou 24 pontos e se manteve na liderança isolada da Série A. Nos dias 8 e 11, foi a vez de jogar a final contra o Fla: empate por 1 a 1 no Maracanã e vitória por 3 a 1 no Mineirão. No fim daquele ano, o time celeste ganhou também a Série A (100 pontos em 46 rodadas) e se tornou o único no país a conquistar as duas competições na mesma temporada.

Jorge Gontijo/Estado de Minas

2004

Os confrontos do Cruzeiro contra o Deportivo Cali, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, foram intercalados com as primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. O técnico Paulo César Gusmão colocou força máxima nas duas competições: Gomes, Maicon, Edu Dracena, Cris e Leandro; Augusto Recife, Maldonado, Wendel e Alex; Dudu e Jussiê. Na Série A, o time somou oito pontos e alcançou o nono lugar na quinta rodada. Na Libertadores, empatou por 2 a 2 no placar agregado (derrota por 1 a 0, na Colômbia, e vitória por 2 a 1, no Mineirão) e amargou revés por 3 a 0 nas penalidades máximas.

Jorge Gontijo/Estado de Minas

2009

Três dias antes de decidir a Copa Libertadores de 2009, contra o Estudiantes, o Cruzeiro escalou uma equipe formada por reservas e até mesmo jogadores sub-20 no clássico contra o Atlético. O técnico Adilson Batista mandou a campo Andrey; Jancarlos, Neguete, Vinícius e Diego Renan; Fabrício, Elicarlos, Fabinho (Anderson) e Athirson; Thiago Ribeiro (Wanderley) e Zé Carlos. Os torcedores celestes que compareceram ao estádio não se importaram com a derrota por 3 a 0 diante do maior rival, pela 10ª rodada do Brasileiro, já que as atenções estavam voltadas para a final de 15 de julho, também no Mineirão. Só que os planos para o tão sonhado tricampeonato continental foram frustrados diante de 64 mil torcedores. O Cruzeiro ficou com um amargo vice-campeonato ao perder de virada por 2 a 1. Restou ao time buscar a recuperação da Série A, saltando do 16º lugar, na 10ª rodada (10 pontos), para quarto, na 38ª (62 pontos).

Jorge Gontijo/EM/D.A Press

2010

A presença do Cruzeiro na Copa Libertadores praticamente não interferiu na campanha no Campeonato Brasileiro. Quando perdeu para o São Paulo por 2 a 0, dia 19 de maio, no Morumbi, pelo jogo de volta das quartas de final, o time tinha disputado apenas as duas primeiras rodadas da Série A: vitórias sobre Internacional, por 2 a 1 (equipe mista, no Beira-Rio), e empate com o Avaí, por 2 a 2 (equipe reserva, no Mineirão). Eliminado do torneio sul-americano, o Cruzeiro se concentrou exclusivamente no Brasileiro e, sob o comando de Cuca, substituto de Adilson Batista, ficou em segundo lugar, com 69 pontos (20 vitórias, nove empates e nove derrotas).

Jorge Gontijo/EM D.A Press

2014

Em momentos distintos de 2014, o Cruzeiro conciliou a Copa Libertadores e a Copa do Brasil com o Campeonato Brasileiro. Entre o fim de abril e o início de maio, o técnico Marcelo Oliveira escalou time misto nas quatro primeiras rodadas da Série A, priorizando o mata-mata no torneio sul-americano. A Raposa passou pelo Cerro Porteño, nas oitavas de final, porém perdeu para o San Lorenzo, nas quartas. Quando voltou a se dedicar somente ao Brasileirão, estava em quinto lugar, com sete pontos, e emplacou sequência de bons resultados até se firmar na liderança. Na 17ª rodada, o Cruzeiro somava 39 pontos, sete a mais que o vice-líder São Paulo. A partir dali, voltou a revezar as atenções com uma competição paralela, dessa vez a Copa do Brasil. Com adversários de pouca expressão pelo caminho nas oitavas e nas quartas de final (Santa Rita-AL e ABC-RN), o time chegou com tranquilidade à semifinal, diante do Santos, e avançou à decisão, contra o rival Atlético. Em 23 de novembro, o Cruzeiro confirmou a conquista do Brasileiro ao vencer o Goiás, por 2 a 1, no Mineirão. Três dias depois, foi derrotado pelo alvinegro por 1 a 0, também no Gigante da Pampulha, e ficou com o vice-campeonato da Copa do Brasil.

Gladyston Rodrigues/EM D.A Press

2015

Às vésperas de enfrentar o River Plate pelas quartas de final da Copa Libertadores, o Cruzeiro jogou com equipe reserva nas três primeiras rodadas do Brasileiro de 2015: perdeu para Corinthians e Santos, por 1 a 0, e empatou com a Ponte Preta, por 1 a 1. Diante dos argentinos, a Raposa ganhou o jogo de ida por 1 a 0, no Monumental de Núñez, porém perdeu no Mineirão, por 3 a 0. Como consequência da eliminação trágica em casa, o técnico Marcelo Oliveira acabou demitido na quarta rodada da Série A, sendo substituído por Vanderlei Luxemburgo. O sucessor no comando também não durou muito no cargo, já que o time foi eliminado pelo Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Brasil, em agosto. Coube a Mano Menezes conduzir a Raposa a um oitavo lugar na Série A (55 pontos), que se tornou honroso em função do acúmulo de fracassos e contratações malsucedidas na temporada.
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

2017

Presente desde o início da disputa, o Cruzeiro conquistou a Copa do Brasil de 2017 ao superar Volta Redonda-RJ, São Francisco-PA, Murici-AL, São Paulo, Chapecoense, Palmeiras, Grêmio e Flamengo. As finais foram disputadas nos dias 7 e 27 de setembro. Nessa época, os jogadores reservas ganharam oportunidades no Campeonato Brasileiro, enquanto os titulares descansavam para aos confrontos decisivos de mata-mata. Em vários momentos, a equipe até vislumbrou uma possível segunda colocação na Série A. Em 24 de setembro, pela 25ª rodada, a vitória sobre o Atlético-GO por 2 a 1, em Goiânia, colocou o Cruzeiro na quinta posição, com 40 pontos, a quatro do vice-líder Santos (o Corinthians, 1º, somava 54). Três dias depois, o time comandado por Mano Menezes conquistou o título da Copa do Brasil ao vencer o Flamengo nos pênaltis, por 5 a 3, diante de mais de 61 mil torcedores no Mineirão.

Ramon Lisboa/EM D.A Press

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