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Gás de pimenta alcança acesso de vestiários, e jogadores do Cruzeiro deixam Mineirão sentindo efeitos

Fabrício Bruno e Pedro Rocha lamentaram episódio de violência

postado em 10/11/2019 20:06 / atualizado em 10/11/2019 21:33

(Foto: Tiago Mattar/Superesportes)
 Até jogadores do Cruzeiro deixaram o Mineirão sentindo os efeitos do gás de pimenta lançado pela Polícia Militar (PM) após o jogo diante do Atlético, na tarde deste domingo, no Mineirão. O zagueiro Fabrício Bruno condenou a atitude dos torcedores alvinegros que invadiram os camarotes em que estavam os cruzeirenses no Gigante da Pampulha.

“Isso não é bonito para o futebol. Se for pra vir para fazer o que a torcida do Atlético fez, melhor não vir. Sou a favor do clássico com duas torcidas, para mim igualdade é bonito para o futebol, o espetáculo fica mais bonito, mas para acontecer isso que aconteceu, é ruim para todo mundo. Estou vendo muita gente reclamando do gás de pimenta, igual estou sentindo, mas que a Polícia e os órgãos responsáveis prendam os culpados por isso tudo”, disse. 

Além do zagueiro, outros jogadores chegaram ao estacionamento do Mineirão tossindo e mostrando desconforto. Diante disso, alguns preferiram nem sequer conceder entrevistas. O espaço de acesso entre vestiário e estacionamento ainda ganhou segurança reforçada, uma vez que muitos torcedores invadiram o local para tentar escapar da confusão em que se transformou o estacionamento G2 do estádio. 

O atacante Pedro Rocha, que retornou ao time após se recuperar de dores no tornozelo esquerdo, foi um dos que parou para conversar com os jornalistas. Tossindo frequentemente, o atacante também comentou os confrontos e pediu medidas dos responsáveis. 

“Quando a gente estava no banco a gente já percebeu briga. Isso não pode acontecer. Fica chato. Que as pessoas responsáveis tomem as medidas mais drásticas para que isso não volte a se repetir”, afirmou Pedro Rocha.

“Os camarotes são muito próximos da torcida rival. Vendo os vídeos agora fiquei preocupado, minha filha passou mal por causa do gás. É preocupante isso. Não pode acontecer. Muita criança vem para assistir o jogo. Como que faz para elas gostarem de futebol com esse tipo de coisa? Precisamos ver essas situações”, complementou o atacante.

Segundo a Minas Arena, que administra o Mineirão, 580 homens da empresa privada Esquadra estavam escalados. Aproximadamente 130, porém, não foram ao trabalho por diversos motivos, entre eles o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado durante a tarde deste domingo.

A responsabilidade da segurança interna do Mineirão é da empresa privada. O Batalhão de Choque da Polícia Militar só intervém em caso de confronto, como ocorreu neste domingo.










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