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De status de estrela a números ruins: Pedro Rocha deixa Cruzeiro e acerta com o Flamengo

Spartak novamente aceitou emprestar atacante a um clube brasileiro

postado em 16/12/2019 17:00

(Foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press)
Pedro Rocha trocará o azul do Cruzeiro, rebaixado à Série B de 2020, pelo rubro-negro do Flamengo, campeão brasileiro e da Copa Libertadores em 2019. O Spartak Moscou, da Rússia, aceitou emprestá-lo novamente a um clube do Brasil e estipulou em 8 milhões de euros (R$ 35 milhões) a opção de compra dos direitos econômicos.
 
Inicialmente, o apoiador de 25 anos fará parte de um time formado, em sua maioria, por atletas sub-20. Ele jogará a Taça Guanabara - primeiro turno do Campeonato Carioca -, enquanto o grupo principal se apresentará no dia 22 de janeiro e fará a pré-temporada fora do país.
 
Rocha chegou ao Cruzeiro cercado de expectativas. Ao anunciar a sua contratação, em 2 de abril, o clube celeste se comprometeu a pagar 750 mil euros (R$ 3,2 milhões) ao Spartak Moscou pelo empréstimo de oito meses. Dois dias depois, o jogador desembarcou em Belo Horizonte, com direito a recepção calorosa de torcedores no Aeroporto Internacional de Confins. Na primeira entrevista, derreteu-se pela qualidade dos novos companheiros.
 
“O Cruzeiro, na minha opinião, tem o elenco mais qualificado do Brasil. Vem demonstrando isso, com a melhor campanha no Brasil. Como disse, venho para somar, acredito que é uma boa dor de cabeça para o Mano Menezes e sua comissão técnica”.
 
A estreia de Pedro Rocha pelo Cruzeiro foi em 14 de abril, na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético, no Mineirão, no duelo de ida da final do Mineiro. Na volta, no dia 20, entrou no segundo tempo e fez a jogada que originou o pênalti cometido por Leonardo Silva. Aos 35 minutos, Fred bateu e fez o gol do título: 1 a 1.
 
No terceiro jogo pela Raposa, Rocha marcou o primeiro gol. Foi justamente contra seu novo clube, o Flamengo, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, no Maracanã. Com a velocidade que lhe é peculiar, recebeu assistência de Fred e bateu na saída de César. Só que o Fla, ainda treinado por Abel Braga, virou para 3 a 1, gols de Bruno Henrique, duas vezes, e Gabriel.
 
A partir dali, Pedro Rocha viveu bons e maus momentos no Cruzeiro. No dia 11 de julho, marcou um belo gol de fora da área, na vitória por 3 a 0 em cima do rival Atlético, no Mineirão, pelas quartas de final da Copa do Brasil.
 
Já no dia 30 de julho, teve a ‘bola do jogo’ diante do River Plate, também no Gigante da Pampulha, pela partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores. O chute de primeira, após assistência de Thiago Neves, bateu no goleiro Armani e explodiu no travessão. O empate por 0 a 0 persistiu e levou o confronto aos pênaltis. E os argentinos levaram a melhor: 4 a 2.
 
Assim como todo o time do Cruzeiro, Pedro Rocha passou longe de mostrar o futebol que o consagrou jogador decisivo no Grêmio campeão da Copa do Brasil de 2016. No Campeonato Brasileiro, marcou apenas dois gols em 23 jogos. Números modestos, porém superiores aos de David (0 gol em 33 partidas) e Marquinhos Gabriel (0 gol em 28 partidas).
 
A sequência de Pedro Rocha no Cruzeiro foi prejudicada por uma lesão no tornozelo esquerdo. Mesmo assim, os torcedores esperavam mais do que quatro gols em 33 jogos. Algo que o atacante tem tudo para conseguir em um Flamengo estruturado e bem organizado para brigar por todas as competições de 2020.

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