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Adilson elogia Edilson no Cruzeiro e manda indireta a Thiago Neves: 'A gente tira as más companhias, e aí resolve o problema'

Criticado pela torcida, lateral-direito tenta dar a volta por cima em 2020

(Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Um dos jogadores mais criticados pela torcida após o rebaixamento do Cruzeiro à Série B, Edilson aceitou a proposta de readequação salarial e tenta dar a volta por cima em 2020. No último domingo, ele teve grande atuação na vitória de virada sobre o Tupynambás, por 4 a 2, em Juiz de Fora, pela quarta rodada do Campeonato Mineiro. Além de acertar bons lançamentos e cruzamentos, o camisa 2 marcou um belo gol de falta e assumiu a responsabilidade de converter um pênalti. Em entrevista ao Superesportes, o técnico Adilson Batista elogiou as qualidades do veterano de 33 anos e o considerou importante no trabalho de reconstrução do clube em 2020. 

“Ótimo. O Edilson é um jogador experiente, vencedor, tarimbado. Sabe muito bem fazer a linha de quatro. Sabe apoiar, bate bem na bola, cruza bem. Pênalti, pode dar a ele a responsabilidade, não vai sentir. Falta, bate colocado e forte. Aquilo que falei espero concretizar. Disse a ele no último jogo: ‘agora faltam dez (gols)!’”.


Na cobrança de falta diante do Tupynambás, Edilson mudou o jeito de bater na bola. Em vez do habitual chute forte, preferiu uma finalização colocada. Deu certo. A redonda passou sobre a barreira e entrou no canto direito. Era o primeiro gol celeste, aos 21min do segundo tempo. Pouco depois, o lateral entrou novamente em ação, dessa vez em penalidade máxima. Soltou a bomba no canto direito e empatou. Em seguida, o meias Maurício e Jhonata Robert definiram o triunfo celeste por 4 a 2.

Se os torcedores ainda desconfiam de Edilson, Adilson Batista dá o recado. “Às vezes a gente anda com má companhia, né?! A gente tira as más companhias, e aí resolve o problema dele”. Questionado sobre a quem se referiu como “má companhia”, o treinador sorriu e respondeu. “Uai. Já resolvemos (risos). Quer que eu fale o time que está? É um time que eu gosto”. A indireta do comandante é para Thiago Neves, apresentado em 27 de janeiro pelo Grêmio - clube do qual Adilson se tornou ídolo como zagueiro na década de 1990.


Thiago Neves e Edilson foram bem próximos durante o período no Cruzeiro - a ponto de o ex-camisa 10 questionar o técnico Rogério Ceni publicamente por ter deixado o lateral-direito no banco de reservas em jogo contra o Internacional, pela Copa do Brasil. Em dezembro, o meia processou o clube por causa de atrasos em salários, direitos de imagem, 13º, 1/3 sobre férias e outras verbas trabalhistas. A ação de R$ 16 milhões é discutida na 4º Vara do Trabalho de Belo Horizonte.

Já Edilson tomou a mesma decisão do goleiro Fábio e do zagueiro Leo. Eles vão receber um valor inferior em salários em 2020 e parcelarão a diferença e os atrasados a partir de abril de 2021. “Eu disse a todos eles que os respeitava profissionalmente, a história, as conquistas e o contrato. Tem que respeitar o contrato que fizeram. Alguém assinou. Esse precisamos responsabilizar. Tem que ter responsabilidade nisso. Assinou. Então, ele vai responder a partir de agora. A partir de agora é tanto. Aceita? Quer ajudar? Pronto, aceitou. Vida que segue. Aí dá uma afastada na turma que não reza. É assim que tem que fazer”, encerrou Adilson.

Contratado pelo Cruzeiro em 29 de novembro, Adilson Batista não chegou a trabalhar diretamente com Thiago Neves, que estava no departamento médico devido a um edema na coxa esquerda. No dia 2 de dezembro, o meia foi afastado pelo ex-gestor de futebol, Zezé Perrella, por ter comparecido a um show de pagode no Mineirão às vésperas da partida contra o Vasco, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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