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Presidente do Cruzeiro admite negociar 'joias' por causa de dívidas

Endividado e com receita em baixa, clube terá que fazer caixa

postado em 23/04/2020 08:00 / atualizado em 23/04/2020 08:47

(Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Em um momento de indefinição quanto ao calendário do futebol, paralisado por causa do coronavírus e ainda sem data para retomada, o Cruzeiro vê a situação piorar com a queda de faturamento. A exemplo de outros clubes, a Raposa passa por momento de inquietude e crise financeira, mas com o agravante de ter as receitas reduzidas pelo fato de disputar a Série B do Brasileiro, o que significará menos arrecadação com as cotas de TV. 

Com as dívidas em profusão, o presidente em exercício José Dalai Rocha, admite que a saída, neste momento, é uma só: vender jogadores. O comandante interino do clube e do Conselho Deliberativo disse que o Cruzeiro terá que se desfazer de alguns de seus principais jogadores para aumentar o caixa e ainda honrar os débitos pendentes. 

“Temos dívidas que não foram pagas há anos e estão vencendo. Não temos alternativa, precisamos fazer caixa. Agora, fazer caixa como, onde, se as fontes de receita estão paralisadas? Somente com venda de jogador. Então, estamos sim estudando propostas por nossas joias, que felizmente não são poucas, e nós teremos que vender”, afirmou Dalai, em entrevista ao SportsCenter, da ESPN Brasil.

Entre os jogadores oriundos da base, chamados de ‘joias’ pelo dirigente e que estão mais valorizados no Cruzeiro, estão o zagueiro Cacá, que se firmou na equipe principal no ano passado, mesmo com o rebaixamento à Série B, e o armador Maurício, que também ganhou espaço na temporada anterior. 

CORRUPÇÃO


Dalai Rocha aproveitou para criticar a administração anterior, do ex-presidente Wagner Pires de Sá, que segundo ele elevou as dívidas a valores estratosféricos e deixou o clube em situação “perigosa”. O atual comandante ainda lamentou o fato de o Cruzeiro ter perdido espaço dentro de campo e virar alvo de investigações por corrupção, com repercussão negativa até no exterior. 

“Na última administração, o preço que pagamos foi alto demais. O dinheiro evaporou como se fosse álcool ao vento. Quem foi o responsável por isso deve estar arrependido, pois o preço foi alto. O cruzeiro está em uma posição perigosa e difícil. O Cruzeiro foi tão machucado, que hoje nas entidades internacionais sobre futebol, a estrela que a gente sempre venera, marca o case de corrupção mais saliente e importante, drástico, ocorrido no mundo. O nosso renome, hoje, simboliza o maior case de corrupção do futebol sul-americano”, frisou. 

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