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No Cruzeiro, Maktom reencontra Enderson Moreira, responsável por lançá-lo no time principal do América

Volante de 22 anos elogia treinador e espera renovar contrato com o clube

postado em 10/06/2020 07:00 / atualizado em 10/06/2020 16:41

(Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
Uma das opções para o meio-campo do Cruzeiro, o volante Maktom, de 22 anos, corre contra o tempo para convencer a diretoria de que merece a ampliação de contrato, a terminar em meados de agosto. Para isso, ele conta com a observação do técnico Enderson Moreira, justamente o responsável por lançá-lo à equipe principal do América na reta final da Série A do Campeonato Brasileiro de 2016.

“Foi muito importante para mim, porque havia subido em 2015, mas sem receber oportunidades. Em 2016, com a chegada do Enderson, ele me deu oportunidades. Ele me colocou para estrear como profissional, então sou muito grato a ele. Muito feliz por trabalhar com ele mais uma vez”, disse o jogador, em entrevista ao Superesportes.

Conforme mencionado na resposta, Maktom treinou no grupo principal do Coelho em 2015, ano do acesso da Série B para a A, na quarta posição, com 65 pontos. Contudo, não chegou a ser convocado para as partidas pelo técnico Givanildo Oliveira. Quem se destacava naquele time era outro prata da casa, o atacante Richarlison, que marcou nove gols em 24 jogos na competição.

Em 2016, o América fracassou no Campeonato Brasileiro sob o comando de Givanildo Oliveira e, posteriormente, do português Sérgio Vieira. A diretoria então procurou Enderson Moreira com o objetivo de melhorar os números na primeira divisão e preparar o planejamento para a Série B de 2017. Foi nessa ocasião que os jovens ganharam espaço.

Matkom estreou pelo Coelho em 24 de outubro de 2016, contra o Athletico-PR, pela 32ª rodada da Série A. Ele substituiu Messias, machucado, e segurou a bronca na zaga ao lado de Éder Lima, autor do gol da vitória por 1 a 0, no Independência. Na 36ª rodada, foi titular na posição de origem, o meio-campo, no revés por 3 a 0 para o Grêmio, em Porto Alegre. No geral, fez cinco partidas, todas com Enderson Moreira à frente do time.

“Eu tinha 18 anos. E a chegada do Enderson ao América foi muito importante para mim. Ele me colocou nos jogos, me relacionou, deu oportunidade de estrear pelo profissional na Série A, aos 18 anos. Depois, me colocou como titular em um jogo contra o Grêmio, e me utilizou em outros jogos também. Costumo dizer que para mim ele é um pai, já disse isso a ele. Ter a oportunidade de trabalhar com ele, agora no Cruzeiro, está sendo sensacional”.

Enquanto jogador de base do América, Maktom tinha futuro promissor. Foi convocado à Seleção Brasileira Sub-17 ao lado de Matheusinho, chegando inclusive a ser capitão e cobrador de faltas. Todavia, problemas de lesão dificultaram a arrancada profissional do meio-campista, que não disputou um jogo sequer no período de empréstimo ao Tombense, em 2017.

(Foto: Carlos Cruz/América FC)

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Em maio de 2018, o Cruzeiro fechou negociação com o América, na qual Maktom foi para a Toca em troca dos também volantes Márcio e Natan. No sub-20, o volante assumiu a titularidade, porém teve a sequência interrompida em decorrência de lesão no ligamento colateral lateral do joelho direito, no fim de 2018. A recuperação se arrastou por mais de um ano, uma vez que o atleta teve a recidiva do problema. Agora, ele garante estar “100%”.

“Tive uma lesão importante no fim de 2018. Retornei, voltei a treinar e no meio de 2019 senti um incômodo novamente. Mas agora estou 100%, graças a Deus”, ressaltou Maktom, que comentou a nova rotina de treinamento em decorrência da pandemia do novo coronavírus. “É tudo muito novo, não só para a gente, mas para todas as pessoas. O pessoal está tendo todo o cuidado com a gente. É ter cautela e torcer para que os médicos achem soluções para o mundo e resolvam essa questão que afeta a sociedade como um todo”.

As consequências do coronavírus, aliás, impedem o volante de fazer planos em longo prazo no Cruzeiro. “Estou mais preocupado com a parte física e mostrar o meu trabalho. Acho que as outras coisas vão acontecer naturalmente. Minha preocupação é em ficar em forma”.

Mesmo sem saber se receberá algum contato do diretor de futebol Ricardo Drubscky ou do presidente Sérgio Santos Rodrigues para tratar de uma eventual renovação, Maktom confia no potencial que um dia o levou à Seleção Brasileira de base e chamou a atenção de Enderson Moreira nos tempos de América.

“Vivi um bom período no América, na base, e depois subi ao profissional. Fui para o Tombense e, em seguida, para o Cruzeiro. No futebol tudo é muito incerto, as coisas não são previsíveis. Mas sei do meu talento, da minha capacidade, da minha qualidade. Creio que grandes coisas me aguardam no futuro. Estou muito feliz com meu momento agora. É pensar em coisas boas e trabalhar para que elas cheguem”.

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