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Presidente cita valor de marca do Cruzeiro de quase R$ 600 milhões e prevê crescimento em sócios no ano do centenário

Sérgio Rodrigues acredita que a força da marca do clube, caso bem usada, pode gerar receita e salvar a instituição da pior crise na história

postado em 05/08/2020 13:14 / atualizado em 05/08/2020 21:38

(Foto:  Igor Sales/Cruzeiro)
O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, acredita que a força da marca do clube, caso bem usada, pode gerar receita e salvar a instituição da pior crise na história, com dívida que ultrapassa os R$ 800 milhões. Em reunião com os conselheiros celestes na última segunda-feira, Sérgio disse que precisa resolver os problemas urgentes, em especial as dívidas na Fifa, para conseguir tempo e, assim, colocar os planos de arrecadação em ação.

O dirigente citou um estudo divulgado pela BDO no ano passado que estimou o valor da marca do Cruzeiro em R$ 598 milhões em 2019. Mesmo com o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro e em meio à crise financeira mais severa da história do clube, a marca celeste cresceu, de acordo com a companhia, R$ 43 milhões em relação ao ano passado.

"Estudo da BDO de 2019 coloca o Cruzeiro como a sexta maior marca de time de futebol do Brasil. Quando pego o tamanho da dívida, que talvez seja a segunda ou terceira maior do Brasil, eu jogo o valor da dívida menos o valor da marca. Com isso, a gente vai para nono, décimo. Nós temos uma marca forte, temos potencial de geração da receita. Precisamos de tempo para poder trabalhar esta marca. Se a gente não conseguir resolver os problemas de curto prazo, os problemas da Fifa, não teremos tempo", disse Sérgio Rodrigues.

A diretoria do Cruzeiro iniciou a semana pressionada. O clube terá que pagar 395.619 euros (cerca de R$ 2.472.178) ao Spartak Moscou, da Rússia, até quinta-feira (06/08) pelo empréstimo do atacante Pedro Rocha, realizado em 2019. Caso não faça a quitação do débito, a Raposa não poderá mais registrar novos jogadores. O clube ainda deve o Al Wahda, dos Emirados Árabes, pelo empréstimo do volante Denilson, no valor de 850 mil euros (R$ 5,3 milhões), em 2016. Caso não quite o valor, a Raposa será rebaixada para a Série C do Campeonato Brasileiro.

Apesar dos muitos problemas, Sérgio Rodrigues segue confiante. "Tem uma frase que falo muito, mas não é minha, é do Sandro Gonzalez (CEO do Cruzeiro): 'O Cruzeiro nunca vai ter um problema maior do que ele mesmo'. O Cruzeiro é muito grande. Se a gente souber explorar esse potencial - tenho certeza que a gente vai saber explorar isso -, a gente vai sair dessa situação".

Sócios 


Apenas em sócios-torcedores, o Cruzeiro projeta faturar R$ 25,6 milhões em 2021, quando completará 100 anos de fundação. Neste ano, a renda deve cair em função da pouca adesão, pois os jogos serão disputados com os portões fechados por causa da pandemia do novo coronavírus. Até o momento, o clube arrecadou pouco mais de R$ 9 milhões.

"A gente tem projetado faturar ano que vem R$ 25.600.000,00 de sócio-torcedor. Número que chega perto aos momentos que tivemos maior ascensão no time, em 2013, 2014 e 2015. A gente está falando de projeção, que indica o que a gente acredita que vai acontecer", frisou. 

O Cruzeiro anunciou no mês passado nova reformulação no programa de sócio-torcedor. As principais mudanças foram nos nomes e benefícios, além de uma bonificação aos contribuintes da modalidade “reconstrução” (clique aqui e leia mais).

"A gente percebeu que em todo o seu tempo o Cruzeiro chegou a ter 32 modalidades de sócios. O Matheus Gonzaga (head de inteligência) veio para trabalhar com números, trabalhou na Coca-Cola, na Nestlé, vem de multinacionais. Analisa número de mercado para nos ajudar a delinear como serão os produtos que estas empresas vão lançar. E foi isso que ele fez com o sócio-torcedor. E nos ajudou a colocar estes nomes de forma mais simples e objetiva, com benefícios mais atraentes, atingindo nossos sócios do interior e do exterior, inclusive", frisou o presidente.

(Foto: Reprodução/Cruzeiro)

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