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Pezzolano, do Cruzeiro, nega ter xingado Benevenuto de 'ladrão' no clássico

'Ele pode falar o que quiser, mas ele não me viu', declarou o treinador cruzeirense ao Superesportes

11/03/2022 08:30 / atualizado em 10/03/2022 22:32
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Igor Júnior Benevenuto 'carregou' na súmula e fez denúncias de ofensas de integrantes da comissão técnica do Cruzeiro
foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

Igor Júnior Benevenuto 'carregou' na súmula e fez denúncias de ofensas de integrantes da comissão técnica do Cruzeiro



O técnico do Cruzeiro, Paulo Pezzolano, negou ter se dirigido ao árbitro Igor Júnio Benevenuto com o termo "ladrão" logo após o clássico de domingo (6/3), no Mineirão, vencido pelo Atlético por 2 a 1, pela nona rodada do Campeonato Mineiro. O xingamento foi relatado na súmula do jogo.



A partida foi marcada principalmente pelo pênalti polêmico apontado pelo árbitro do zagueiro Oliveira, do Cruzeiro, sobre Hulk, do Atlético, no fim do segundo tempo, quando a equipe celeste vencia por 1 a 0. A maioria dos especialistas de arbitragem negou ter ocorrido a penalidade no lance.

O Atlético empatou o clássico com o pênalti convertido por Hulk. Já nos acréscimo da partida, Ademir virou o placar e deu números finais ao clássico.

De acordo com o relato feito por Igor Júnio Benevenuto na súmula do clássico, o treinador cruzeirense, que estava suspenso, "adentrou as limitações do campo" para ofendê-lo.

"Ao término do jogo o Sr. Paulo Cesar Pezzolano Suarez da equipe do Cruzeiro Esporte Clube, subiu o túnel dos vestiários e adentrou nas limitações do campo de jogo gritando: Árbitro ladrão, vocês são todos ladrões, olha o que vocês fizeram, quero falar com o árbitro, esse ladrão! O Sr. Paulo foi contido pelos seguranças do clube que o levaram de volta para o vestiário de sua equipe", escreveu Benevenuto no documento oficial da partida.

Em entrevista ao Superesportes, Paulo Pezzolano foi indagado sobre o relato da súmula e negou que tenha tido contato direto com o árbitro após a partida. O uruguaio de 38 anos ainda desmentiu que tivesse adentrado o campo.

"Não entrei em campo, nunca entrei em campo.. Estava nas escadas. Eu acho que ele não me viu. Tá bem? Pode ter sido falado por outra pessoa. Ele não me viu. Havia seis policiais à frente, fiquei na escada, ele não me viu. Com certeza, falo 100%. (...) Ele pode falar o que quiser, mas ele não me viu. Com certeza não me viu. Não ouviu nunca o que falei pra ele. Muita gente, muito barulho. Se escutou alguma pessoa que estava perto, pode ser. Mas ele não me escutou, com certeza", posicionou-se Paulo Pezzolano.

Sacanagem


Na súmula, Igor Júnio Benevenuto também relatou a expulsão, com cartão vermelho direto, do auxiliar Matias Filippini Prieto aos 33 minutos do segundo tempo. Outra ofensa teria gerado a decisão do árbitro.

"Expulsei o Auxiliar Técnico por levantar do banco de reservas gesticulando excessivamente e protestando: Você está de sacanagem, olha o que você está fazendo", escreveu Igor Júnio Benevenuto sobre a expulsão de Filippini.

Na mesma entrevista ao Superesportes, Pezzolano destacou que seu auxiliar, uruguaio, nem sabe o significado desse xingamento relatado pelo árbitro.

"Ele colocou também, de um auxiliar da comissão técnica que recebeu o vermelho, a palavra 'sacanagem'. Essa palavra o meu auxiliar nem sabe o que isso quer dizer. Então há uma impunidade muito grande", completou.

Por causa das observações feitas na súmula por Benevenuto, Paulo Pezzolano e seu auxiliar podem ser denunciados pela Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-MG). Na próxima terça (15), o treinador cruzeirense já será julgado pela expulsão no empate por 2 a 2 com o Villa Nova, no dia 20 de fevereiro, pela oitava rodada do Mineiro.


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