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Cruzeiro: por que o Athletico-PR dificulta saídas de Zé Ivaldo e Cittadini?

Time celeste consultou a situação de atletas do Furacão, que não quer negociar com o clube

28/06/2023 06:00 / atualizado em 28/06/2023 00:00
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Zé Ivaldo e Léo Cittadini estiveram na mira do Cruzeiro
foto: Montagem sobre José Tramontin

Zé Ivaldo e Léo Cittadini estiveram na mira do Cruzeiro

O Cruzeiro tem atuado no mercado de transferências buscando reforçar o elenco de Pepa para a continuidade do Campeonato Brasileiro. Entre as dificuldades celestes na busca por contratações, estão problemas financeiros do clube, a concorrência de outras equipes e uma situação incomum: os entraves colocados pelo Athletico-PR.

Entre os jogadores sondados pelo Cruzeiro na janela que pertencem ao Athletico-PR estão o zagueiro Zé Ivaldo, desejo antigo da diretoria celeste e, mais recentemente, o meio-campista Léo Cittadini. De acordo com o ge.globo, o segundo nome foi consultado pela Raposa, mas — mesmo com o jogador recebendo poucas oportunidades na equipe — a equipe paranaense descartou uma negociação com o clube estrelado.

Assim como no caso de Cittadini, a diretoria do Athletico-PR fez jogo duro para liberar Zé Ivaldo, que tem contrato com o clube até dezembro e pode, a partir de julho, assinar com qualquer equipe, reforçando o novo clube sem custos em 2024.

Sabendo da situação do jogador, o Cruzeiro tentou costurar um acordo para conseguir a liberação de Zé Ivaldo, mas a diretoria do Furacão fez jogo duro e exigiu contrapartidas financeiras, o que afastou a Raposa do negócio. Como a venda não se concretizou, o zagueiro seguiu atuando e completou sete jogos pelo Athletico-PR, o que impede que ele atue por outra equipe nesta edição do Campeonato Brasileiro.
 
 
 
 
 

O que explica o jogo duro do Athletico-PR com o Cruzeiro?


Uma fonte com trânsito no Athletico-PR contou à reportagem do Superesportes que o clube paranaense tem dificultado negócios com o Cruzeiro em retaliação a ação judicial no valor de R$ 56 milhões aberta pela Raposa contra o Furacão. O processo é referente ao imbróglio envolvendo a compra do atacante Vitor Roque.

O Cruzeiro entende que o Athletico-PR violou uma regra em relação à renovação de contrato de Vitor Roque. O clube celeste alega que teria feito uma proposta de extensão de vínculo com o atacante antes do Furacão depositar o valor referente à multa rescisória do jogador, em abril de 2022, de R$ 24 milhões. O time mineiro diz que possuía preferência para renovar com o atleta.

O Cruzeiro afirma que chegou a protocolar a renovação na Federação Mineira de Futebol (FMF), mas que, ainda assim, o Athletico-PR depositou o valor referente ao contrato antigo. Para os mineiros, o Furacão precisava ter acionado o clube sobre a proposta para Roque e a Raposa teria, então, a possibilidade de igualar as cifras oferecidas ao atleta.

Renovação aumentaria multa rescisória


É importante lembrar que no Brasil, para o mercado nacional, a multa rescisória é definida de acordo com o salário do jogador. Portanto, uma extensão automática do contrato de Vitor Roque, com valorização salarial, aumentaria o valor necessário para tirar o atacante do Cruzeiro.

“Caso a entidade de prática desportiva formadora oferte as mesmas condições, e, ainda assim, o atleta se oponha à renovação do primeiro contrato especial de trabalho desportivo, ela poderá exigir da nova entidade de prática desportiva contratante o valor indenizatório correspondente a, no máximo, 200 (duzentas) vezes o valor do salário mensal constante da proposta. (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011)”, consta na Lei em que o Cruzeiro se agarra para a cobrança dos R$ 56 milhões.


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