Futebol Nacional
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Borderôs da CBF mostram diferenças nos acordos de Atlético e Cruzeiro com a BWA

Medida não é irregular, mas rivais mineiros pagam valores diferentes no Independência

postado em 20/06/2012 11:50 / atualizado em 20/06/2012 16:19

Marcos Vieira/EM D.A Press

Assim que a BWA foi anunciada como vencedora da licitação para administrar o Independência, Atlético e Cruzeiro seguiram caminhos diferentes para acertar com a empresa o retorno ao estádio. Além de atuar no Horto desde as oitavas de final da Copa do Brasil, o Galo assinou um acordo de exploração comercial para dividir lucros e despesas com a concessionária. Já o time celeste, que fez sua estreia no campo no último sábado, acertou apenas para mandar seus jogos durante a temporada. Após os dois terem atuado em casa pelo Campeonato Brasileiro, os borderôs divulgados pela CBF demonstraram algumas particularidades dos contratos entre os clubes e a empresa.

O Superesportes apurou que enquanto o Atlético repassa 10% de sua receita líquida com bilheteria para a BWA, que irá destinar 10,58% do que foi passado para ser dividido igualitariamente entre América e governo de Minas, acrescido nos valores o consumo dos bares, publicidade e diversos, o Cruzeiro arca com 10% de sua receita bruta da venda de ingressos para a gestora, denominada no borderô como pagamento de aluguel. As taxas de arbitragem, quadro móvel e INSS são quitadas normalmente por todos os clubes. A diferença é que o Galo custeia do próprio bolso as taxas de limpeza e segurança e o Cruzeiro não tem responsabilidade com esses gastos.

A vantagem do lado preto e branco é poder usufruir de parte dos produtos consumidos nos bares, publicidade e na locação do espaço para outros eventos, além de ter direito a 45% do valor que a BWA recebe de bilheteria nas partidas da equipe celeste.

Acordo do América

Como é proprietário do Independência, o América recebe uma porcentagem nos jogos realizados no estádio. O superintendente do Coelho, Alexandre Faria, explicou as diferenças no acordo firmado pelos clubes da capital com a concessionária.

“Pelo que a Secopa me passou, cada clube fechou um tipo de contrato. No caso do Cruzeiro é descontado 10% da renda bruta direta, mas o clube não tem nada a ver com as despesas do estádio porque não tem acordo comercial. Já o Atlético paga 10% da renda líquida, mas paga também limpeza e segurança”, disse Alexandre, que comentou sobre os riscos em caso de prejuízo.

“O América não participa dos custos, apenas da receita. Queremos que Atlético, Cruzeiro  joguem sempre lá. Porém, se o estádio der prejuízo, o Atlético arca juntamente com a Arena Independência, e o America e o governo não têm nada a ver. O Cruzeiro também fica fora dessa conta. A nossa situação (América) é outra. Temos que dar uma garantia mínima de R$ 11 mil por partida para a BWA, com o custo de R$ 2,40 por ingresso vendido, mas de tudo que é explorado na Arena, o América fica com 5,29% e a mesma parte vai para o estado. Esses valores são depositados numa conta da Arena Independência, que é auditada pelo governo. Só que o América e o governo têm garantida renda mínima mensal de 100 mil com a exploração do espaço”, completou Faria.

Parceria do Galo

O contrato firmado entre BWA e Atlético prevê que 45% do que for explorado do Independência vá para os cofres alvinegros, excetuando jogos do América. Em contrapartida, o clube investiu cerca de R$ 7,5 milhões, que são pagos com financiamento, com dinheiro da própria renda do estádio. O Alvinegro divulgou nessa terça-feira que lucrou R$ 51 mil na partida entre Cruzeiro e Figueirense. Nos cálculos estão incluídos parte da renda, consumo dos bares, acerto corporativo e diversos.

VEJA OS DADOS DO BORDERÔ DA CBF DE CRUZEIRO X FIGUEIRENSE:
DIVULGAÇÃO/CBF

DIVULGAÇÃO/ CBF

 

VEJA OS OS DADOS DO BORDERÔ DA CBF DE ATLÉTICO X CORINTHIANS:

DIVULGAÇÃO/CBF

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