O Chelsea tem grandes atletas, mas só 11 participam da partida por vez. No Corinthians, se falta um craque, sobra apoio do 12º jogador, que fez do Japão a sua casa durante o Mundial e não parou de empurrar seus 11 companheiros na decisão.
“A torcida joga junto. Ela conseguiu estabelecer com a equipe relação que eu não sei nem como é. Às vezes, ela passa energia porque a equipe precisa. Às vezes, a equipe responde e dá a ela o orgulho”, disse Tite, empolgado com os momentos-chaves nos quais o barulho aumenta.
“Ecoava o estádio, você ouvia de uma maneira impressionante. É interessante, a torcida vibra e cresce quando um jogador bloqueia o adversário. Pode não ser um lance plasticamente bonito, mas isso mostra a alma do corintiano, mostra a força de uma torcida”, acrescentou o treinador.
“Depois daquela despedida, a gente veio ao Japão pensando: eles merecem um campeonato assim. Teve cara que vendeu carro, deixou o emprego. Quando você entra em campo, lembra essas coisas e fala: ‘Vou doar tudo de mim’. O estádio estava cheio de corintianos gritando”, vibrou Guerrero.
Na semifinal em Toyota, com o estádio menor e pouco mais de 31 mil torcedores presentes, era possível estimar cerca de 25 mil corintianos. Na decisão, em Yokohama, com quase 70 mil pessoas, ficou mais difícil apontar um número, mas não observar a força da Fiel.
“É impressionante o quanto nosso torcedor passa de energia em campo, o quanto ele realmente ele torce. Não sei quantos corintianos vieram, mas grande parte do título tem que ser dedicado ao nosso torcedor, porque ele é importante demais. Ficamos tranquilos desde o primeiro jogo porque entramos em campo e parecia que estávamos no Pacaembu”, disse Alessandro.