
Já o Atlético, que manda a maioria dos jogos no Independência, fechou parceria pontual com a Minas Arena para o confronto contra o Joinville, neste domingo, pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Galo terá preço único de R$ 50 para todos os setores, incluindo as áreas corporativas, que custam R$ 150 e R$ 170 para os cruzeirenses.
A maior diferença de investimento fica para os sócios. O associado do programa Galo na Veia da modalidade Prata compra um bilhete e ganha outro para o mesmo setor – ou seja, cada um sai a R$ 25. No caso do cruzeirense, o sócio nem sequer tem a opção de comprar bilhete para os espaços da Minas Arena, portanto, não há descontos nem benefícios. O bilhete para o cruzeirense no setor roxo inferior, portanto, sai a R$ 170. Uma diferença de 580%.
Na categoria de sócio em que o torcedor de ambos os clubes já têm entradas asseguradas, apenas o atleticano tem o benefício de levar um acopanhante gratuitamente, nesse jogo contra o Joinville.

Vale ressaltar que em jogos no Independência o Atlético pratica as mesmas faixas de preço do Cruzeiro: R$ 50, R$ 80 e R$ 100. Eventualmente, o clube alvinegro realiza promoções. Por sua vez, a Raposa mantém o valor dos ingressos para todos os jogos.
Na partida contra a Chapecoense, no último domingo, mais de 33 mil pagantes cruzeirenses foram ao Mineirão, pela manhã. A renda foi de R$ 1.743.925,99. A promessa é de casa cheia também para a partida do Galo contra o Joinville. Dois setores já estão esgotados: vermelho inferior e roxo inferior.

Atlético e Minas Arena
Sob a direção do presidente Daniel Nepomuceno, sempre quando mandou seus jogos no Gigante da Pampulha, o Galo vende ingressos a preços promocionais. Na final do Campeonato Mineiro, quando enfrentou a Caldense, a diretoria do Atlético comercializou bilhetes de R$ 30 a R$ 60.
Mesmo não tendo vínculo contratual com a Minas Arena, o Galo costura acordos que incluem os setores vermelho inferior e roxo inferior. Em jogos do clube celeste, esses mesmos setores são negociados pela própria administradora obrigatoriamente a preços mais elevados do que os praticados pela Raposa em outros locais do estádio. A cúpula celeste usa desta estratégia para comercializar seus ingressos e não criar uma competição com os setores pertencentes à administradora.
Cruzeiro x Minas Arena
A situação do Cruzeiro com a Minas Arena é marcada por desentendimentos. O último deles é uma suposta dívida do clube celeste com a administradora. No começo do ano, a empresa divulgou seu balanço financeiro referente ao ano de 2014 com débito de R$ 5.535,00 milhões a receber da Raposa. O valor corresponde a gastos operacionais, como taxas de segurança, água, luz e pagamento de funcionários para dar suporte ao torcedor. A diretoria celeste, contudo, contestou a dívida, baseando-se em uma cláusula do contrato que dá ao Cruzeiro as mesmas vantagens concedidas a outros clubes. No caso, o Atlético disputou a final da Libertadores sem pagar despesas e a Raposa passou a usufruir da mesma condição. As partes negociam nos bastidores essa pendência.