Ronaldo Drummond, campeão por Atlético, Cruzeiro e Palmeiras, morre aos 73 anos

O atacante começou a carreira na base do Cruzeiro. Pouco tempo depois, mudou-se para o time alvinegro. Foi no Atlético que ele se profissionalizou. Em 1964, estreou pelos profissionais do Galo em um jogo contra o Villa Nova, no Independência.

Ronaldo Drummond participou do único título do Atlético do Campeonato Brasileiro. Ele foi titular dos dois jogos do triangular final do Nacional de 1971: as vitórias contra São Paulo, no Mineirão, e Botafogo, no Maracanã. Ambas por 1 a 0.  

Em entrevista ao Superesportes em 2012, Ronaldo disse que o jogo contra o clube paulista foi o mais difícil. “O jogo que mais marcou com a camisa do Atlético foi contra o São Paulo. Foi o jogo mais difícil do Brasileiro de 1971. O Atlético foi campeão ali, com aquela vitória no Mineirão. A partida foi 1 a 0, com gol de falta do Odair”, disse.

Ronaldo Drummond disputou 270 partidas com a camisa do Atlético e marcou 66 gols. Ficou no clube até 1972, quando se transferiu ao Palmeiras. O Galo lamentou a morte do atacante nas redes sociais.

No clube paulista, fez parte de um elenco que conquistou o bicampeonato brasileiro de 1972 e 1973 e marcou a história do Palmeiras. O plantel contava com Ademir da Guia, Dudu, Leão e Luís Pereira, entre outros. 

Na entrevista ao Superesportes em 2012, Ronaldo falou com orgulho da geração consagrada no Verdão. “Eu tenho uma carreira muito bonita pelo Palmeiras. Fui campeão Brasileiro de 1972, Paulista do mesmo ano, invicto, e em 1973 levantei outro Brasileiro, além do Estadual de 1974. A conquista do Brasileiro de 1973 foi a terceira seguida na minha carreira”, disse .

Quando chegou ao Palmeiras, ele mudou de posição. “Eu fui para o Palmeiras como ponta direita e virei centroavante porque o César, que era titular, foi pego no doping. Fiz parte da tradicional ‘Academia do Verdão’, ao lado de Ademir da Guia, Dudu, Leão, Luís Pereira e César.”, frisou Drummond.

No Palmeiras, marcou 31 gols em 185 jogos.

Ronaldo deixou o Palmeiras em 1975 para vestir a camisa celeste. Jogou no Cruzeiro de 1976 a 1978, quando abandonou os gramados.

Ele participou de seis jogos na campanha do título da Copa Libertadores de 1976. Era uma espécie de “reserva de luxo” do time de Zezé Moreira. Ele substituiu o suspenso Jairzinho na finalíssima contra o River Plate, em Santiago, capital do Chile. Participou dos três gols da vitória celeste por 3 a 2.

No lance do primeiro, dividiu a bola que originou o toque de mão do defensor adversário e, consequentemente, a penalidade convertida por Nelinho. No segundo, passou pela marcação de Alejandro Sabella antes de tocar para a finalização de Eduardo “Rabo de Vaca”. E no célebre gol do título, marcado pelo ponta-esquerda Joãozinho, Ronaldo foi quem sofreu a falta na entrada da área.

O Cruzeiro lamentou a morte do atacante.