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SÉRIE A

Com testes positivos para COVID-19 no Goiás, jogo contra o São Paulo pelo Brasileirão é adiado

Após pedido do clube esmeraldino no STJD, CBF adia jogo

postado em 09/08/2020 16:30 / atualizado em 09/08/2020 17:15

(Foto: Goiás/Twitter)

O jogo entre Goiás e São Paulo, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, foi suspenso devido a casos de COVID-19 no elenco do time goiano. A partida estava marcada para as 16h deste domingo, no Estádio Serrinha, em Goiânia. Mas acabou sendo adiada após pedido do clube da casa.

O Goiás entrou com liminar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para solicitar a suspensão da partida. O clube alegou que dez dos 23 jogadores concentrados para a partida deram resultado positivo em teste para o novo coronavírus. Assim, o time teria apenas 13 jogadores para a partida, sendo 11 titulares e apenas dois no banco de reservas.



O STJD acatou o pedido do Goiás apenas minutos antes do início do duelo. Os jogadores do São Paulo, inclusive, já estavam em campo. O Goiás já até havia divulgado a escalação para o confronto.

"Infelizmente, fomos comunicados desses resultados positivos apenas no dia de hoje (domingo). Todos os jogadores que testaram positivos estavam concentrados. Diante desse fato a gente preferiu agir com coerência, pedindo para que o jogo fosse adiado. Entramos com a liminar no STJD com essas alegações", disse Marcelo Almeida, presidente do Goiás, em entrevista à TV Globo.

"Esportivamente seria uma coisa totalmente descabida. Infelizmente dessa forma eu acho que a melhor atitude foi o pedido dessa liminar, com o intuito de rever essa partida. Ia ser uma festa bonita, mas por questões de segurança e saúde, já que os dez atletas estavam concentrados. Nós recebemos um comunicado da CBF, extraoficial, que o jogo foi adiado", declarou o dirigente.

Pelas redes sociais, a CBF confirmou a suspensão do jogo. "CBF suspende partida entre Goiás e São Paulo válida pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro da Série A", disse o perfil da Diretoria de Comunicação da entidade, nas redes sociais.



Mais cedo, o Goiás informou que vinha fazendo cerca de 70 testes semanalmente, do tipo RT-PCR (que detecta a presença do vírus), nos jogadores, membros da comissão técnica e funcionários do departamento de futebol que trabalham no centro de treinamento e nos jogos.

Só que os últimos exames feitos pelo clube foram invalidados pela CBF e uma nova rodada de teste foi realizada em um laboratório escolhido pela entidade que rege o futebol brasileiro na última sexta-feira. E, ao contrário das vezes anteriores, as amostras detectaram 10 atletas infectados.

Segundo o clube goiano, os resultados dos testes só foram apresentados na manhã deste domingo, não respeitando, portanto, o período de 24 horas de antecedência para mostrar informar os resultados. Os contaminados estavam concentrados, dormindo dois atletas por quarto.

O clube esmeraldino, então, decidiu realizar por conta própria uma nova bateria de exames nos jogadores contaminados e aguarda os resultados dos testes e a resposta da CBF sobre o pedido de adiar a partida da rodada de abertura no Brasileirão.

HOSPITAL

O Hospital Albert Einstein se manifestou sobre os exames para detectar a COVID-19 feitos pelo Goiás antes da estreia no Campeonato Brasileiro. A instituição admitiu que houve falha na coleta dos testes de RT-PCR. 

"O Hospital Israelita Albert Einstein identificou uma falha técnica na coleta das amostras, feita em um laboratório parceiro em Goiás, para realização de teste RT-PCR em atletas e equipes dos clubes Vila Nova e Goiás. Solicitou, portanto, novas amostras antes do processamento dos exames. Elas foram refeitas e encaminhadas para análise no laboratório do hospital em São Paulo, sem nenhum prejuízo aos prazos estabelecidos para apresentação dos resultados", pontuou o hospital por meio de um comunicado oficial.

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