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CRUZEIRO

MP intermediará com PM para que Atlético x Cruzeiro, no Horto, receba as duas torcidas

Diretoria celeste se encontrou com integrante do Ministério Público e solicitou auxílio para que Independência receba cruzeirenses no dia 7 de maio

postado em 27/04/2017 16:39 / atualizado em 27/04/2017 20:14

Leandro Couri/EM D.A Press

O Ministério Público de Minas Gerais prometeu intermediar com a Polícia Militar para que o clássico entre Atlético e Cruzeiro, dia 7 de maio (domingo), no Independência, pela final do Campeonato Mineiro, ocorra com a presença das duas torcidas. Nesta quinta-feira, dirigentes do clube celeste se reuniram com o promotor Paulo de Tarso Morais Filho, na 14ª Promotoria de Defesa do Consumidor, no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Ao término da reunião, Paulo de Tarso Morais Filho não concedeu entrevista, porém a assessoria do MPMG passou a posição oficial do promotor. “Foi feita a reunião com a direção do Cruzeiro, que reivindicou ao Ministério Público o tratamento isonômico dos órgãos do estado no que tange à presença da torcida do Cruzeiro no segundo jogo da final do Mineiro – caso o Atlético mande a segunda partida no Independência, já que a PM se pronunciou previamente no sentido de que não seria possível a realização do segundo jogo com as duas torcidas. O Ministério Público empreenderá todos os esforços junto à Policia Militar, que possui um trabalho de excelência e poderá reavaliar o quadro para garantir a presença das duas torcidas no estádio”.

O Cruzeiro procurou o Ministério Público depois de a Polícia Militar, por meio de declaração do coronel Schubert Siqueira Campos – chefe do Comando de Policiamento Especializado (CPE) –, vetar clássico com duas torcidas no Independência. Representado pelo vice-presidente de futebol Bruno Vicintin e o diretor jurídico Fabiano de Oliveira Costa, o clube deixou o encontro animado com a resposta do MP.

“Queria agradecer ao Ministério Público de Minas Gerais. A gente pediu ontem uma reunião com o Ministério Público, uma com o comando geral da Polícia Militar e uma com o governador do estado. A gente sabe da urgência do pedido, e como as agendas são cheias dessas autoridades, o MP foi o primeiro órgão a atender o Cruzeiro Esporte Clube. A gente passou para ele a questão de que o Cruzeiro está lutando não por mudar decisão do nosso rival, nem nada, estamos lutando pelo direito do nosso torcedor de assistir à final. Respeitamos demais a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, respeitamos demais a segurança, pedimos ao nosso torcedor para nesse domingo nos apoiar os 90 minutos, vai ser um jogo muito difícil, mas ir em paz, a gente precisa do torcedor apoiando a gente. Agora, afirmar ao torcedor que a gente está lutando para garantir o direito dele de assistir a grande final, que é um dos maiores eventos do estado de Minas Gerais”, afirmou Vicintin, em conversa com a imprensa.

Fabiano de Oliveira Costa reforçou que a presença de torcedores cruzeirenses é um direito previsto em regulamento. “Não resta dúvidas, o Cruzeiro fará defesa intransigente dos seus torcedores e não medirá esforços... essa orientação do Bruno Vicintin e a determinação do presidente (Gilvan de Pinho Tavares) é que nós não meçamos esforços para garantir o acesso do torcedor, como na lei se estabelece, ao Independência”.

Atlético e Cruzeiro já se enfrentaram três vezes no Horto com as presenças das duas torcidas. Os celestes ocuparam a cadeira Ismênia Tunes (parte superior), que geralmente é destinada às torcidas visitantes nos jogos do alvinegro e do América. A Raposa ganhou os três clássicos: 3 a 1, pela sexta rodada do Brasileiro de 2015; 1 a 0, pela nona rodada do Mineiro de 2016; e 3 a 2, pela sétima rodada do Brasileiro de 2016.

Declarações de presidente do Atlético

Nessa quarta-feira, depois da vitória do Atlético sobre o Libertad-PAR por 2 a 0, pela quarta rodada do Grupo 6, o presidente Daniel Nepomuceno foi enfático ao dizer que o jogo da volta contra o Cruzeiro, pela final do Estadual, seria realizado no Independência e com torcida única. A Federação Mineira de Futebol, por sua vez, não se opôs à escolha atleticana e nem tampouco conciliou com a Polícia Militar a chance de realizar o clássico nos mesmos moldes que os duelos de 2015 e 2016.

Bruno Vicintin não discordou da posição de Nepomuceno com relação ao mando de campo do Atlético, porém destacou que jogo de torcida única desrespeita as regras da competição. “Ele falou isso, pode fazer o jogo onde quiser... mas com torcida única não faz parte do regulamento. E a gente está procurando que o regulamento seja cumprido”.

A reunião que definirá os detalhes da partida de volta ocorrerá na próxima terça-feira, na sede da FMF. O jogo de ida entre Cruzeiro e Atlético será neste domingo, às 16h, no Mineirão. Ficou definido que os cruzeirenses ficarão com 90% da carga de 57 mil ingressos (51.300), enquanto os atleticanos terão direito a 10% (5.700).

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