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CAMPEONATO MINEIRO

Vice do Cruzeiro rebate Castellar: 'Só quero falar com Kalil, que é quem manda nele'

Polêmicas entre clube e FMF aqueceram clássico decisivo pelo Estadual

postado em 27/04/2017 17:04 / atualizado em 27/04/2017 17:26

Leandro Couri/EM
Bruno Vicintin rebateu declarações de Castellar Neto, presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF). Em meio a inúmeras polêmicas que envolvem o clássico contra o Atlético, o vice de futebol do Cruzeiro disse que não quer mais falar com o mandatário da entidade. Em vez disso, alegou preferir resolver questões esportivas com Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do clube alvinegro.

Segundo Vicintin, Kalil, apesar de não ter nenhuma ligação formal com o futebol atualmente, “manda” em Castellar.

“Ele [Castellar] tem o direito de não querer falar comigo, assim como eu não quero falar com ele. Ele quer falar só com meu chefe, o presidente Gilvan (de Pinho Tavares, presidente do Cruzeiro). A partir de hoje, só quero falar com o chefe dele, com o prefeito Alexandre Kalil, que é quem manda nele”, disparou Vicintin em coletiva na tarde desta quinta-feira.

As palavras do vice do Cruzeiro são uma resposta a declarações de Castellar Neto. O presidente da FMF disse que Vicintin não tem “autonomia” para falar em nome do clube.

“Reitero a informação de sempre no sentido de que a Federação e o Cruzeiro há um amplo diálogo, há muito respeito de ambas as partes. Eu sempre tive excelentes contatos com o presidente Gilvan. É óbvio que não é em todos os momentos que a Federação pode, até por algumas amarras regulamentares atender os pedidos do Cruzeiro. Agora, de fato, entre mim e o Bruno, não há um pleno diálogo até porque para que isso aconteça o Bruno tem que conseguir galgar alguns espaços e, dentre eles, mudar o estatuto para ter a autonomia de falar em nome do clube no futuro”, disse Castellar em entrevista à rádio Itatiaia ao citar uma possível candidatura de Vicintin à presidência do Cruzeiro.

A polêmica declaração do presidente da FMF, entretanto, é uma resposta a outra fala de Vicintin.

“Entre eu e o senhor Castellar não existe diálogo (sic). Não vou falar antes de partida de final. Só posso falar que hoje não existe diálogo com ele. Ele deveria respeitar muito mais a instituição Cruzeiro. Infelizmente nem ele, nem o senhor Paulo Bracks e nem o senhor Adriano Aro respeitam. Também quero lembrar ao senhor Adriano Aro que o irmão dele, Marcelo Aro, é deputado, e a torcida do Cruzeiro tem que saber o que está sendo feito pela Federação Mineira contra a nossa instituição. Não existe hoje diálogo entre a Federação e o Cruzeiro, infelizmente. Talvez, na história, o Cruzeiro nunca teve um relacionamento tão ruim quanto agora”, disse o vice do clube celeste.

Entenda a polêmica

O relacionamento conturbado entre Cruzeiro e FMF veio novamente à tona durante a semana, quando o clube celeste recebeu a notícia de que não poderá levar torcedores ao jogo de volta da final do Campeonato Mineiro contra o Atlético, no próximo dia 7. Isso porque a Polícia Militar vetou a presença de cruzeirenses no Independência, palco da partida.

O Cruzeiro tenta reverter a situação no Ministério Público. No início da semana, o clube também argumentou sobre o caso durante reunião na própria FMF, que também contou com as presenças de representantes de Atlético, PM e Mineirão. O encontro, entretanto, só tratou de questões relativas à partida de ida, que terá as duas torcidas presentes no Gigante da Pampulha neste domingo.

As polêmicas, entretanto, são ainda mais antigas. Anteriormente, o Cruzeiro já publicou notas para criticar a Federação - acusada de pender para o lado do Atlético nas decisões relativas aos dois principais times do estado.

Em campo, Cruzeiro recebe o Atlético neste domingo, às 16h, no Mineirão. A volta será no Independência, no dia 7 de maio, no mesmo horário, com mando alvinegro.

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