Melhor assistente do Brasileiro do ano passado, Guilherme Camilo é afastado das finais do Mineiro após erro contra o Cruzeiro

Eleito o melhor assistente do Campeonato Brasileiro de 2017 ao lado de Bruno Raphael Pires (GO/FIFA), Guilherme Dias Camilo (MG/FIFA) foi afastado de forma definitiva do Campeonato Mineiro após erro no jogo do Cruzeiro contra o Patrocinense, pela última rodada da fase inicial do regional. Camilo também estava envolvido na polêmica do clássico entre América e Atlético, partida na qual dois lances foram fortemente discutidos.

Segundo o presidente da comissão de arbitragem da Federação Mineira de Futebol (FMF), Giuliano Bozzano, erros graves não serão tolerados nesta fase final da competição. “O afastamento dele é uma posição oficial. Mantendo uma coerência, os erros agora têm uma importância maior, e a comissão de arbitragem vai continuar usando os dados de padrão de erro e acerto para decidir. Mas qualquer equívoco considerado grave vai acarretar em afastamento”, disse.

Na partida deste domingo, o Patrocinense empatou o jogo contra o Cruzeiro com um gol irregular. O bandeira não viu o atacante Genesis em posição de impedimento. O jogador do time do interior dominou, girou e empatou a partida aos 39 minutos do segundo tempo. Com a igualdade, o Patrocinense garantiu uma vaga para as quartas de final, deixando a Caldense de fora.

Guilherme Dias Camilo já foi comunicado do afastamento e aceitou a decisão da FMF. “Depois do jogo, ele me ligou e falou do erro cometido. E falei para ele que o melhor é o afastamento. Ele é um profissional de muito caráter, sei da sua linha e estou muito à vontade para tomar esta decisão”, disse Bozzano.

Guilherme Dias Camilo já enfrentou desgaste no clássico entre América e Atlético. O Galo venceu por 3 a 0. Dois lances capitais da partida terminaram em protestos contra o auxiliar. No primeiro, aos 45 do primeiro tempo, o Atlético teve um gol de Róger Guedes confirmado. Pelas imagens de TV, não é possível afirmar se a bola entrou ou não. O mesmo caso ocorreu aos 4 do segundo tempo, quando o zagueiro atleticano Gabriel cortou aquele que seria o empate do América, em cabeceio de Marquinhos. A diretoria do Coelho reclamou que foram lances parecidos, mas o bandeira teve critérios diferentes.