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CAMPEONATO BRASILEIRO

Estreante e veterano em clássicos, Di Santo e Fred têm oportunidade de se reabilitar neste domingo

Com baixa média de gols na competição, atacantes veem no duelo a chance de cair nas graças da torcida

postado em 10/11/2019 10:43 / atualizado em 10/11/2019 10:46

(Foto: Bruno Cantini/Atlético; Bruno Haddad/Cruzeiro)
De um lado, um atacante de 36 anos, com gols em clássicos vestindo as duas camisas. De outro, um argentino que vive a expectativa de debutar na maior rivalidade de Minas Gerais em sua primeira experiência no futebol brasileiro. O que eles têm em comum? Carregam a responsabilidade de ser a referência no ataque de Cruzeiro e Atlético no duelo deste domingo, às 16h, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mais do que isso: eles têm a chance de se redimir, já que não vivem o melhor momento na temporada. Fred já balançou as redes do Galo em sua primeira passagem pela Raposa, em 2005, e em seu retorno – inclusive dois em 2019. Di Santo, por sua vez, pisará no gramado do Mineirão com a missão de brilhar em seu duelo de estreia contra o arquirrival.

Raio-X

Temporada 2019

FRED
49 jogos
21 gols
5 gols no Brasileiro
18/8: 2 x 0 Santos
25/8: 1 x 1 CSA
8/9: 1 x 4 Grêmio
5/10: 1 x 1 Internacional
19/10: 2 x 1 Corinthians

DI SANTO
16 jogos
3 gols
2 gols no Brasileiro
8/9: 1 x 2 Botafogo
14/10: 1 x 4 Grêmio

Com a celeste, um veterano

(Foto:  Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Depois de cumprir suspensão por causa do terceiro amarelo no empate sem gols com o Athletico, na última rodada, Fred volta ao time com a expectativa de balançar as redes do ex-clube mais uma vez nesta temporada. Neste ano já foram dois: no primeiro clássico entre Cruzeiro e Atlético, em 27 de janeiro, quando marcou de pênalti no empate por 1 a 1, no Mineirão. Depois, voltou a balançar as redes na segunda partida da final do Estadual, em outro empate por 1 a 1, no Independência.

Fred é o artilheiro celeste em 2019. Foi responsável por 21 gols, seguido de Thiago Neves (nove), Rodriguinho (oito) e Sassá (seis). O experiente atacante teve ótimo início de temporada, terminando como artilheiro do Mineiro, com 12 gols. Mas, a exemplo de todo o time do Cruzeiro, caiu de produção no segundo semestre.

Dos 21 gols no ano, apenas cinco foram no Brasileiro, o que deixa o camisa 9 atrás de Thiago Neves na artilharia do time no Nacional. O camisa 10 balançou as redes seis vezes. Nas estatísticas de assistências, Fred também é superado por Neves: quatro contra três.

Fred não vive bom momento. No Brasileiro, por exemplo, soma mais cartões amarelos do que gols: nove advertências, contra cinco gols. O último gol de Fred sem ser de pênalti foi em 25 de agosto, quando a Raposa empatou por 1 a 1 com o CSA, em Maceió, pela 16ª rodada do Brasileiro. Desde então, marcou de pênalti contra Grêmio, Internacional e Corinthians.

Retrospecto

Contra o Atlético, a responsabilidade de Fred é ainda dobrada. Isso porque o seu substituto direto, Sassá, foi expulso contra o Furacão e vai cumprir suspensão. O camisa 9 coleciona gols contra o Galo desde o início de carreira. Em 2005, aos 22 anos, marcou de falta o solitário gol do Cruzeiro sobre o rival na semifinal do Mineiro, que valeu a classificação para a decisão depois de empate sem gols na volta. Naquele mesmo ano, Fred ainda voltaria a fazer o Galo de vítima ao balançar as redes na vitória por 2 a 1, no Mineirão.

Pelo Galo, Fred jogou seis clássicos e marcou três gols, dois deles na vitória sobre a Raposa por 3 a 1 no Independência, pelo Brasileiro’2017.

Com a alvinegra, um ‘estreante’

(Foto: Bruno Cantini/Atletico)
Após quase uma década no futebol europeu, passando por Inglaterra, Alemanha e Espanha, Franco Di Santo desembarcou no Brasil em agosto com a missão de acabar com a instabilidade ofensiva do Atlético, traduzido em altos e baixos de Ricardo Oliveira e Alerrandro na temporada. Mas o argentino, de 30 anos, vive período de seca e não balança as redes há quase um mês – desde o solitário gol do Galo na derrota para o Grêmio, em 13 de outubro, no Independência, partida que culminou na queda de Rodrigo Santana.

Mas Di Santo sabe que não há oportunidade melhor de acabar com o jejum do que balançar as redes em um clássico. “Desde o meu primeiro dia em Minas Gerais, já senti a importância dessa rivalidade e vi o quanto ela é especial. Se eu tiver a oportunidade de jogar, será a minha primeira partida contra eles e farei de tudo para sair de campo vitorioso”, afirmou. “Sabemos das dificuldades e respeitamos o time deles, mas temos o nosso objetivo e iremos em busca dele”.

Em três meses de Atlético, Di Santo tem 16 jogos e marcou três gols, sendo dois deles pelo Brasileiro: contra o Botafogo, logo em sua segunda partida pelo Galo, e diante do Grêmio. O outro gol foi o mais importante dele pelo clube: o que o abriu o placar da vitória por 2 a 1 sobre o Colón, aos 38min da etapa inicial, no Mineirão, cujo confronto pela semifinal da Sul-Americana foi para os pênaltis. Nas penalidades, o alvinegro acabou perdendo.

Motivação

O Atlético chega para o clássico motivado pela vitória sobre o Goiás por 2 a 0, que encerrou sequência de três jogos sem triunfo, ajudando o time a subir da 13ª para a 11ª colocação, com 39 pontos. Os gols foram de Marquinhos e Bruninho.

O argentino atuou nos 90 minutos, mas passou em branco. Ele não marca há seis jogos, já que não fez gols também contra CSA, Santos, São Paulo, Chapecoense e Fortaleza. O triunfo contra os goianos, diante de bom público no Mineirão animou o argentino. “Fizemos um bom jogo contra o Goiás e a vitória nos deu ainda mais confiança para a reta final do Brasileiro. Agora temos esse grande clássico e estamos muito focados e motivados”.

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