Torcedores que brigaram no Mineirão aguardam investigação em liberdade

Os torcedores investigados por conta da briga entre integrantes de organizadas de Atlético e Cruzeiro durante o jogo entre Brasil e Paraguai no Mineirão, em 1º de fevereiro, aguardam em liberdade o resultado das apurações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Neste domingo, os times mineiros se enfrentam no estádio, em clássico que marca o reencontro entre as torcidas rivais depois do conflito.

De todos os investigados, três foram presos no dia da confusão e, posteriormente, liberados pela Justiça. Por enquanto, não houve punição definida aos responsáveis pelo ocorrido. Segundo informou a PCMG ao Superesportes (leia a nota completa ao fim do texto), "as investigações encontram-se em andamento". 

"A Polícia Civil segue com a apuração dos fatos, com oitivas de novas testemunhas e vítimas que serão convocadas para prestar depoimentos. Outras informações serão divulgadas em momento oportuno", completou o órgão responsável pela investigação.

Efetivamente, a punição que houve em decorrência da briga foi coletiva: o banimento da Galoucura dos estádios por seis meses. Segundo a apuração da PCMG, integrantes da organizada foram responsáveis pelo início da briga nas arquibancadas do Mineirão ainda no primeiro tempo daquela partida das Eliminatórias, vencida por 4 a 0 pelo Brasil.



Na prática, torcedores ligados à Galoucura podem ir aos estádios. Porém, há o veto a vestimentas, bandeiras, bateria, faixas e outros tipos de instrumentos com a identidade visual da organizada.

A briga

Após avaliar imagens gravadas pelas câmeras de segurança do estádio, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) identificou que integrantes da Galoucura iniciaram a briga com membros da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, ainda nos minutos iniciais da partida da Seleção Brasileira.

Dias depois do ocorrido, a PCMG confirmou que 21 pessoas foram detidas por conta do episódio. Todas são integrantes da organizada atleticana.

Quatro deles - incluindo um adolescente de 16 anos e o presidente da organizada atleticana, Josimar Júnior - respondem por tentativa de homicídio pelo espancamento de dois integrantes da Máfia Azul.

Reencontro

No estádio, o clássico deste domingo marcará o primeiro encontro entre torcedores de Atlético e Cruzeiro desde a confusão no jogo do Brasil. Dos 62.360 lugares do Mineirão, 56.360 estarão à disposição das torcidas.

Mandante, o Atlético terá maioria nas arquibancadas, com 51.119 ingressos (90,7% do total). Os cruzeirenses ficam com os 5.241 bilhetes restantes (9,3%).

As autoridades preparam um esquema de segurança especial para evitar confrontos entre torcedores rivais. Fora de campo, as diretorias de Atlético e Cruzeiro devem se encontrar para um almoço no dia do jogo, com o objetivo de estreitar relações e enviar uma mensagem de paz às torcidas.

A bola rola às 18h, pela nona rodada do Campeonato Mineiro. Atlético e Cruzeiro estão empatados na liderança, com 19 pontos. A vantagem é alvinegra por conta do saldo de gols.

Leia a nota enviada pela PCMG ao Superesportes

As investigações encontram-se em andamento pela Polícia Civil. Sobre os investigados, três foram presos na data dos fatos e liberados posteriormente pela Justiça. A Polícia Civil segue com a apuração dos fatos, com oitivas de novas testemunhas e vítimas que serão convocadas para prestar depoimentos. Outras informações serão divulgadas em momento oportuno.

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