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A Novak, a festa

Multidão aguarda pelo campeão de Wimbledon e novo nº 1 do mundo em Belgrado. Sérvio canta e dança depois de um início intenso de temporada

postado em 05/07/2011 07:00

Mais de 100 mil pessoas lotaram as ruas de Belgrado (Sérvia) para receber o tenista Novak Djokovic, confirmado ontem como o novo líder do ranking da ATP. Um palco em frente à Assembleia Nacional foi montado para realização de vários shows e para o discurso do vencedor do Torneio de Wimbledon, domingo. Telões exibiram imagens de grandes momentos da carreira do jogador e mensagens como “o melhor tenista da Sérvia” e “o grande campeão”. Djokovic recebeu familiares, amigos e a namorada no palco, e como não podia ser diferente, irreverente, cantou e dançou algumas músicas.

Com o título, ele chegou aos 13.285 pontos, 2.015 de vantagem sobre o vice-campeão, o espanhol Rafael Nadal. Além disso, encerrou a sequência de trezentos e oitenta e sete semanas da mais longa hegemonia da história do tênis, protagonizada pela dupla Roger Federer e Nadal.

A vantagem deve garanti-lo no topo até pelo menos o Aberto dos Estados Unidos, em setembro, uma vez que apenas campanhas muito ruins darão chances ao segundo colocado nos próximos dois meses. Este mês, o calendário de competições é dominado por competições de menor expressão, que dão apenas 250 pontos ao campeão, à exceção do ATP 500 de Hamburgo (Alemanha). Em agosto, começa a temporada na América do Norte, com os Masters 1.000 de Cincinnati e Toronto e o ATP 500 de Washington.

O sérvio se tornou o 25º tenista a liderar o ranking, criado em agosto de 1973. Ele encerrou a série de 56 semanas consecutivas de Nadal, que começou em junho do ano passado, quando reconquistou a soberania em Roland Garros. Desde fevereiro de 2004, quando o suíço Roger Federer assumiu o posto pela primeira vez, apenas ele e Nadal estiveram na frente. O suíço somou 285 semanas e o espanhol, 102, superando a hegemonia do sueco Bjorn Borg e do norte-americano Jimmy Connors, que se alternaram na liderança de 29 de julho de 1974 a 9 de julho de 1979 (292 semanas).

“É uma conquista extraordinária chegar ao topo, especialmente com rivais como Rafa e Roger. Eles me fizeram trabalhar muito e me fizeram melhorar a cada dia. Não há palavras para descrever o quão bom eles são, mas sempre soube que eu poderia ser número um algum dia. A crença e o trabalho duro me trouxeram até aqui”, afirmou Nole.

BRASILEIROS Com a derrota na estreia de Wimbledon, Thomaz Bellucci caiu da 28ª para a 34ª colocação. Sua pior marca na temporada foi o 37º posto em fevereiro. O paulista Ricardo Mello, segundo melhor brasileiro do ranking, subiu do 90º para o 86º lugar.

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