“Acredito que nos momentos importantes eu vim com alguns primeiros ou segundos serviços muito bons. Devolvi bem o tempo inteiro, colocando pressão constante sobre ele e tentando fazer com que ele se mexesse pela quadra. Precisava tirar o ritmo dele, porque ele é muito veloz e gosta de um ritmo frenético. Variei muito bem efeitos e velocidades, pouco a pouco fui entrando mais na quadra e o forcei a cometer erros. Joguei de forma muito inteligente”, declarou confiante.
O duelo na final contra Delpo coloca frente a frente os dois amigos pela 19ª vez. Djoko não esconde a adimiração e identificação que tem pelo argentino. “Pessoalmente, gosto muito dele, não apenas como tenista mas como pessoa. É um dos meus melhores amigos no circuito, alguém a quem respeito muito. Nós dois sofremos com contusões, isso o tirou do circuito por dois ou três anos. Ele gosta dos grandes jogos, já venceu um Grand Slam. Nos últimos 15 meses, está jogando o tênis de sua vida”.
O sérvio tenta evitar que Del Potro conquiste o bicampeonato nos EUA, único Grand Slam conquistado pelo tenista. O argentino se mostrou surpreso por chegar na final, após superar Rafael Nadal. “Não esperava estar em outra final de Grand Slam e ainda mais no meu torneio favorito, o US Open. Tenho minhas melhores memórias jogando nesta quadra em 2009. Mas então eu era uma criança”.
Delpo lembra das dificuldades que teve, principalmente por conta de lesão para voltar a jogar em alto nível. “Lutei contra muitos problemas em minha vida para chegar até neste ponto. Não sabia se poderia voltar a jogar tênis e surpreendi todo mundo, incluindo a mim mesmo. Acho que o pior momento da minha carreira veio em 2015, quando estive a ponto de desistir do tênis. Não acha uma forma de superar os problemas com o punho. Sofria muito”